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Política Comissão do Senado deve votar desoneração da folha de pagamento nesta terça-feira

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A desoneração da folha permite às empresas substituir a contribuição previdenciária por uma alíquota sobre a receita bruta.

Foto: Reprodução
. (Foto: Reprodução)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado deve votar nesta terça-feira (13) o projeto que prorroga até 2027 a desoneração da folha de pagamento das empresas de 17 setores da economia.

Esses setores são os que mais geram empregos no País. A proposta vai ser apreciada em caráter terminativo, ou seja, se for aprovada, segue direto para a Câmara, sem precisar passar pelo plenário do Senado.

O texto só passará pelo plenário se algum senador apresentar recurso.

A desoneração da folha permite às empresas substituir a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos empregados, por uma alíquota sobre a receita bruta, que varia de 1% a 4,5%.

Entre os 17 setores da economia que podem aderir a esse modelo estão: têxtil, calçados, máquinas e equipamentos, proteína animal, construção civil, comunicação e transporte rodoviário.

O relator, senador Angelo Coronel (PSD-BA), ressaltou que a proposta beneficia o mercado de trabalho e o desenvolvimento da economia brasileira.

“O efeito positivo à economia supera os R$ 10 bilhões em arrecadação – considerando o acréscimo de mais de 620 mil empregos dos 17 setores desonerados em 2022”, afirmou.

O presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), entende que o projeto tem apelo “grande” para ser votado nesta terça.

“São setores que têm quase 8 milhões de empregos. Beneficia esses setores, calçadistas, de frigoríficos, confecções, então tem muitos setores aí que empregam muito como call center, eles precisam desse incentivo, dessa desoneração. Eu creio, o apelo é grande, para que amanhã seja votado”, afirmou.

O senador que propôs a prorrogação da desoneração, Efraim Filho (União-PB) calcula que o texto evita cerca de 600 mil demissões.

“A não prorrogação da desoneração tem capacidade de gerar de 300 mil a 600 mil desempregos nos setores que mais empregam, como a construção civil, transportes públicos e o setor de call center”, disse.

Efraim ainda afirmou que é importante que a proposta seja votada o quanto antes para que não crie uma insegurança jurídica nas empresas afetadas pelo projeto. O prazo atual da vigência é 31 de dezembro.

“Queremos que seja aprovado com certa antecipação, diferente do que ocorreu na última prorrogação, decidida horas antes do fim do prazo. Isso prejudica a segurança jurídica e a possibilidade de planejamento das empresas em ampliar negócios e contratar pessoas que estão na fila do desemprego. Estamos pensando na manutenção de vários empregos”, completou.

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