Domingo, 12 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de junho de 2023
Daniela Carneiro e o marido, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos), estiveram com o presidente Lula nesta terça-feira
Foto: Pedro França/MTurA ministra do Turismo, Daniela Carneiro, deixou uma reunião com o presidente Lula por volta das 11h30 desta terça-feira (13). Após o encontro, o Palácio do Planalto disse que ela continua no cargo e participa de uma audiência pública na Câmara dos Deputados e de reunião ministerial nesta quinta-feira (15).
Além de Daniela, a o encontro com Lula também contou com a participação do marido dela, o prefeito de Belford Roxo (RJ), Waguinho (Republicanos). A reunião foi convocada pelo presidente em meio a pressões do União Brasil pela troca da ministra.
Impasse no União Brasil
Daniela integra o partido, mas solicitou desfiliação ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em abril. Eleita deputada federal mais votada no Rio de Janeiro pela sigla, ela pretende se filiar ao Republicanos.
Com o movimento, integrantes do União Brasil pressionaram o governo Lula pela mudança no Ministério do Turismo. A sigla se diz independente, mas também comanda outras duas pastas na Esplanada: o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, com Waldez Goés, e as Comunicações, com Juscelino Filho.
O apoio do União Brasil tem sido a principal polêmica da articulação política da equipe de Lula. Mesmo contando com três ministérios, a bancada de deputados da sigla não se mostra coesa a favor das pautas de interesse do governo no Congresso.
Na segunda-feira (12), Waguinho acusou o União Brasil de “golpe” para colocar bolsonaristas no governo. “É uma retaliação ao governo Lula, [o União Brasil] quer impregnar o governo Lula de bolsonaristas. Na verdade, Bivar e Rueda não têm poder de entregar voto nenhum [a favor do governo], isso é uma grande mentira”, disse. Segundo Waguinho, o União Brasil “está dando cheque sem fundo para o governo Lula”.
A indicação de Daniela ao Ministério do Turismo foi uma preferência pessoal do presidente. Ele se aproximou da deputada eleita durante a campanha presidencial de 2022, quando recebeu apoio de Waguinho em uma região considerada estratégica para os petistas, uma vez que o Rio de Janeiro era uma das principais bases eleitorais de Jair Bolsonaro, adversário de Lula no segundo turno das eleições.