Sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Por Cláudio Humberto | 17 de junho de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Manifestação do Banco Central (BC) enviada à coluna desmente a lorota contada pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto que torna crime a suposta “discriminação” contra políticos. A alegação é que pessoas “politicamente expostas” (PEPs) são preteridas em instituições financeiras por serem pessoas envolvidas na política. O BC informou que, ao contrário do que afirma Cajado, “não há vedação regulatória para celebração de concessão de crédito como PEPs e relacionados”.
Bancos e afins
A autora do projeto original, deputada Dani Cunha (União-RJ), filha de Eduardo Cunha, disse que o projeto versa sobre instituições financeiras.
Sem motivo
“O projeto ressalva que não pode ser considerada idônea a motivação, pelo simples fato de a pessoa ser politicamente exposta”, diz a deputada.
Blindagem
O texto original endurecia a pena para quem, por exemplo, xingasse uma “pessoa politicamente exposta”: entre 2 e 4 anos de prisão. Não vingou.
Nem se compara
Caso aprovado como estava, a pena para quem xingasse político seria bem maior do que para o cidadão comum injuriado: entre 1 e 6 meses.
Sede da COP, Pará soma 34% do total desmatado
Escolhida por Lula (PT) como a sede da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), Belém é a capital do estado que mais desmata a Amazônia. Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) do INPE, que mantém informações desde 1988, o Pará é responsável por 34,1% de todo o desmatamento acumulado da Amazônia Legal: 166,8 mil quilômetros quadrados.
Números chocam
O Prodes revela que o Pará ainda lidera o desmatamento no Brasil: 4,2 mil km2 de mata foram destruídos em 2022, quase 36% do total nacional.
Triste liderança
Entre os anos 1980 e 1990, o Pará rivalizou com o Mato Grosso como maior desmatador. Assumiu a “liderança” em 2006, mantida até hoje.
Amazonas: 6,9%
O Amazonas, com a maior parte das florestas, desmatou 6,9% do total histórico, segundo o Prodes. É o 4º maior resultado entre os estados.
Ataques terceirizados
Para o senador Ciro Nogueira (PP-PI) Lula tenta sabotar o presidente Banco Central, Roberto Campos Neto. “Se grito fosse bom para política econômica, a torcida do Flamengo seria a melhor opção para o BC”.
Não falou, mas disse
Ao anunciar encontro com Lula para discutir “a intenção de trabalharmos juntos”, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), informou que “não se falou de mudanças no Ministério”.
Frase preventiva
Arthur Lira fez questão de destacar nas redes sociais que não tratou de mudanças no ministério porque, gato escaldado, previa as manchetes garantindo que ele esteve com o presidente levando uma lista de cargos.
Ex na mira
Está marcada para a terça-feira (20) a sessão da CPMI do 8 de Janeiro para analisar 21 requerimentos, incluindo a convocação do ex-ministro do GSI general Gonçalves Dias, vulgo “G.Dias”, o general do Lula.
Líder do ranking
Levantamento do Paraná Pesquisas aponta Raquel Lyra (PSDB), que enxotou o PSB após quase duas décadas no comando de Pernambuco, como a melhor governadora do Nordeste. No ranking nacional, é a sexta.
Alvo certo
Há 11 requerimentos apresentados à CPI do MST por informações de autoridades da Bahia, entre elas, o petista Rui Costa, atual ministro da Casa Civil e ex-governador do Estado. Ele é alvo de dois pedidos.
Começou assim
Há dez anos protestos de rua se espalhavam e reuniam, em 17 de junho de 2013, milhões de brasileiros nas ruas de dezenas de cidades. “Não é só pelos 20 centavos” à época era o lema para os atos.
Removendo o incômodo
Algumas horas após a operação da Polícia Federal na casa de Marcos do Val (Pode-ES), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, já pediu o afastamento do senador da composição da CPMI do 8 de Janeiro.
Pensando bem…
…“concorrente” da Petrobras, só o governo.
PODER SEM PUDOR
Quando um ‘animal’ fala…
Interventor de Minas Gerais, Benedito Valadares era conhecido pelo vocabulário esquálido e os gestos pouco elegantes. No início dos anos 1940 do século passado, em visita a Manhuaçu, na zona da mata, ele discursou: “Manhuasuínos! Não vos desanimeis. Animais, como eu…” Um apavorado assessor o interrompeu para informar, baixinho, que a palavra correta era “manhuasuenses”. Era tarde: a multidão, ofendida, já iniciara a debandada.
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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