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Economia Índice tido como “prévia” do PIB registra alta acima do esperado

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O aumento em valor das vendas externas gaúchas no período ocorreu em meio a um cenário de queda nos preços médios dos principais produtos do Estado. (Foto: Wenderson Araújo/CNA)

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), visto como uma prévia do PIB, registrou alta de 0,56% no quarto mês do ano, melhor que o esperado pelo mercado, que projetava alta de 0,20%.

O avanço acumulado no trimestre, segundo o BC, foi de 3,47%. Já na comparação com abril do ano passado, o indicador registrou crescimento de 3,31%. Este terceiro número não considera ajustes sazonais, ou seja, a retirada de efeitos de curto prazo na comparação. Houve revisão altista para os dados dos meses anteriores, conforme cálculos da Genial Investimentos:

  • O número de março foi revisado de -0,15% para -0,14%;
  • Fevereiro foi ajustado de 2,53% para a crescimento de 2,64%;
  • Janeiro foi de 0,59% para 0,68%;

Assim como o PIB divulgado pelo IBGE, o indicador do BC incorpora estimativas para áreas como indústria, agropecuária, serviços, mas não considera o lado da demanda – que é mensurado no cálculo do Produto Interno Bruto.

Na agricultura, há expectativa de safra recorde em 2023, com colheita acima de 300 milhões de toneladas de grãos pela primeira vez na história do país.

“O número divulgado hoje mostra que a economia brasileira continua mais aquecida do que o esperado pelo mercado. Isso deve manter o tom de mais otimismo com o crescimento econômico e esse número ratifica as revisões para cima que tivemos recentemente em relação ao PIB”, avalia Daniel Miraglia, economista-chefe da Integral Group.

No primeiro trimestre de 2023, o PIB avançou 1,9%, também ficando acima da expectativa do mercado. O resultado foi impulsionado, sobretudo, pelo agronegócio.

Em abril, indústria e serviços tiveram desempenho fraco, segundo dados do IBGE. Serviços recuou 1,6%, e a produção industrial caiu 0,6%.

“O resultado positivo do índice do Banco Central ocorreu apesar dos resultados fracos de indústria, serviços e varejo. Destes três setores, apenas o varejo teve desempenho positivo em abril, indicando estabilidade ao subir apenas 0,1%”, menciona André Cordeiro, economista-sênior do Inter.

Além de “prever” o direcionamento do PIB, o IBC-Br é também referência para a política monetária do Banco Central, na definição da taxa básica de juros. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que define a Selic a cada 45 dias, será no dia 21 de junho.

Próximos meses

O agronegócio foi o responsável pela alta do PIB nos três primeiros meses do ano. Para o segundo trimestre, espera-se que haja uma perda de ritmo mas o setor deve se manter forte.

Essa expansão do agro é combinada com intensa demanda internacional por commodities deste gênero, na avaliação de Matheus Pizzani, economista da CM Capital. A expectativa, segundo ele, é que este movimento siga beneficiando o país até o início do segundo semestre.

Denis Medina, economista e professor da FAC-SP, lembra que há também perspectiva de estímulos à economia, como a proposta de baratear carros populares, a reformulação do Programa Minha Casa Minha Vida e a medida para reduzir o endividamento no país, com o chamado Desenrola.

O Santander revisou nessa sexta (16) de 1% para 1,9% a projeção do PIB este ano, considerando um resultado “ainda mais forte do que o esperado” para a agropecuária, bem como maior resiliência do mercado de trabalho no setor de serviços. Um pouco mais otimista, o Banco Inter está esperando que a economia brasileira cresça 2% em 2023.

Em contrapartida, a Genial Investimentos vê um cenário mais “adverso” a partir do terceiro trimestre, tendo em vista fatores como a “deterioração dos indicadores de crédito livre às famílias” que contribuem para a demanda agregada. A corretora projeta crescimento de 1,7% no PIB até o fim 2023.

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https://www.osul.com.br/indice-tido-como-previa-do-pib-registra-alta-acima-do-esperado/ Índice tido como “prévia” do PIB registra alta acima do esperado 2023-06-16
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