Terça-feira, 04 de fevereiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de novembro de 2015
Principal alvo das investigações da CPI do Futebol no Senado, o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Marco Polo Del Nero, cumpriu apenas sete meses de mandato à frente da entidade e já planeja sua reeleição. Apesar da pressão de opositores e de alguns políticos por sua renúncia, o dirigente disse estar em condições de cumprir o seu mandato até o final, em abril de 2019, e que pensa em tentar a reeleição.
“Estou pronto e preparado para cumprir meu mandato e mais um se os eleitores aceitarem”, disse o dirigente, que também foi o homem forte na CBF durante a gestão de José Maria Marin na entidade. “Temos muito a fazer em favor do futebol brasileiro, como já estamos fazendo”, acrescentou Del Nero.
Marin cumpre prisão domiciliar em Nova York, nos Estados Unidos, acusado de receber propina na comercialização de direitos de transmissão de torneios de futebol no Brasil e no exterior. O colégio eleitoral da CBF aumentou para o próximo pleito. Agora, terá os votos das 27 federações e de 40 clubes (20 da Série A e 20 da Série B do Brasileiro). No ano passado, Del Nero foi eleito com 44 dos 47 votos em disputa – clubes da segunda divisão não votavam.
Na quinta-feira (19), o STF (Supremo Tribunal Federal) negou habeas corpus para Del Nero. O cartola entrou com o pedido para que não fosse preso e pudesse ficar calado durante um futuro depoimento na CPI do Senado. Nesta quarta-feira (25), os senadores vão votar a quebra do sigilo bancário e fiscal de vários ex-dirigentes da CBF. No último dia 11, a CPI foi prorrogada pelos parlamentares e seguirá até julho de 2016.
Em 2014, Del Nero recebeu 3,28 milhões de reais por ocupar a vice-presidência da CBF. Além dos 273 mil reais mensais da confederação, o dirigente ganhou em salários 1,18 milhão de reais por comandar a Federação Paulista de Futebol, cargo que deixou neste ano. (Folhapress)