Domingo, 27 de abril de 2025

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
21°
Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Política Cinco polêmicas envolvendo o senador Marcos do Val, alvo de operação da Polícia Federal

Compartilhe esta notícia:

A decisão também pede o bloqueio de outras seis contas. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

O senador Marcos do Val (Podemos-ES), que foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), acumula uma série de polêmicas e falas controversas. O inquérito, que não teve os detalhes oficialmente divulgados até a publicação desta reportagem, foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e envolveu mandados de busca e apreensão em Brasília e no Espírito Santo.

Segundo informações divulgadas pela imprensa, os agentes da PF levaram computadores, pen drives e o telefone celular do senador, que também deve prestar depoimento durante o processo de investigação.

Do Val deu uma série de entrevistas e classificou a operação como “uma tentativa de intimidação” e uma “emboscada”. O senador ainda disse: “se fui incluído como um possível suspeito de ato antidemocrático, o ministro (Alexandre de Moraes) precisa ser também, porque ele que me pediu para ir a essa reunião”.

O senador se refere a uma suposta reunião, que teria sido convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-deputado Daniel Silveira no final de 2022, na qual se pretendia organizar um golpe de Estado. Segundo a versão de Do Val, o ministro Moraes o orientou a participar do encontro para obter informações.

A seguir, você confere os detalhes deste e de outros episódios recentes em que o senador esteve envolvido em polêmicas.

1. Suposta reunião para golpe de Estado e promessa de renúncia: Em fevereiro deste ano, Do Val disse em uma transmissão ao vivo nas redes sociais que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou coagi-lo a participar de um golpe de Estado. O parlamentar detalhou que Bolsonaro o procurou em 9 de dezembro do ano passado propondo uma forma de tentar impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e se manter no poder. A ideia de Bolsonaro, segundo contou o senador, era que Do Val gravasse uma conversa sua com Alexandre de Moraes, com o objetivo de descredibilizar o ministro. Isso seria o pretexto para executar o golpe.

2. Membro da SWAT: Do Val é fundador do Centro Avançado em Técnicas de Imobilização (Cati), uma empresa que oferece serviços de consultoria e treinamento para forças policiais e profissionais de segurança. Em sua biografia, ele afirma ser “criador das inovadoras técnicas de imobilizações táticas, hoje difundidas em várias unidades policiais ao redor do mundo”. Do Val também diz que atuou “como instrutor em imobilizações táticas, abordagens táticas, retirada de suspeitos em veículos e outros procedimentos táticos para unidades da Swat [Táticas e Armas Especiais, na sigla em inglês] de diversas cidades, e inclusive acompanhou algumas operações”. A polêmica neste caso é o fato de não existir uma instituição formal chamada “SWAT” nos Estados Unidos.

3. Embates com Dino e fotos de sunga: No dia 9 de maio, Do Val e o ministro da Justiça, Flávio Dino, protagonizaram uma cena que ganhou repercussão no noticiário e nas redes sociais. Durante uma audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado Federal, Do Val questionou as ações de Dino durante os ataques ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. Semanas depois, no dia 1º de junho, Do Val fez uma publicação nas redes sociais em que comparou fotos de sunga de si mesmo e de Dino.

4. Divulgação de documentos da Abin: No dia 12, três dias antes da operação da PF, Do Val usou o Twitter para compartilhar trechos que seriam de relatórios sigilosos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Nas fotos divulgadas, há páginas impressas com trechos pintados na cor verde. No texto que acompanha as imagens, o senador declarou que os documentos mostravam “a prevaricação dos ministros Flávio Dino, GDias [Gonçalves Dias, então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o GSI], Alexandre de Moraes e do presidente Lula”. Na postagem, ele se refere à CPMI dos Atos Antidemocráticos, que foi instalada no Congresso Nacional no final de maio e da qual ele próprio faz parte como parlamentar. A divulgação desses documentos seria um dos motivos por trás da operação da PF realizada na quinta-feira passada.

5. Críticas ao STF: Do Val também é um crítico contumaz do Supremo Tribunal Federal e, em particular, do ministro Alexandre de Moraes. Em uma de suas mais recentes postagens nas redes sociais, Do Val classificou as ações de Moraes como “anticonstitucionais” e disse que “cabe aos senadores fiscalizar, afastar e até fazer o impeachment de ministros do STF”. Ele declarou, inclusive, que iria convocar Moraes para depor na CPMI dos Atos Antidemocráticos. Nas entrevistas dadas nas últimas horas, o senador também disse que as buscas e apreensões eram uma “audácia” e uma “retaliação” de Moraes por causa da convocação para que o ministro do STF desse um depoimento no Congresso Nacional. Moraes não fez nenhum comentário público desde que a operação da PF foi divulgada.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Política

Lula assina decreto que regulamenta novo Bolsa Família; benefício terá valor extra por dependente
Pastor que pediu oração contra Lula concorreu a deputado pelo partido de Bolsonaro
https://www.osul.com.br/cinco-polemicas-envolvendo-o-senador-marcos-do-val-alvo-de-operacao-da-policia-federal/ Cinco polêmicas envolvendo o senador Marcos do Val, alvo de operação da Polícia Federal 2023-06-17
Deixe seu comentário
Pode te interessar