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Brasil Mortes em operações da Polícia Rodoviária Federal explodiram nos últimos anos no Estado do Rio; só no primeiro semestre de 2022, 40 pessoas foram mortas

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No Estado, os homicídios em ocorrências da PRF escalaram ao longo do governo Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou uma explosão no número de mortos em suas ações nos últimos anos. Um levantamento feito pelo jornal O Globo com base em dados da PRF obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) revela que, só no primeiro semestre de 2022, 40 pessoas foram mortas em ações da corporação no estado do Rio.

O número é maior do que a soma das mortes registradas nos três anos anteriores. No Estado, os homicídios em ocorrências da PRF escalaram ao longo do governo Jair Bolsonaro: em 2019, nenhum caso foi registrado, e os dois anos seguintes tiveram 13 mortes cada um — ou seja, em apenas seis meses de 2022, as mortes em operações da PRF triplicaram em relação ao ano anterior.

O Rio seguiu uma tendência nacional no período: no primeiro semestre de 2022, 47 mortes em ações da PRF foram registradas em todo o País. O número é o mesmo registrado em todo o ano anterior, que até então ostentava o recorde da série histórica desde 2017. Nos anos anteriores ao governo Bolsonaro, ações da PRF respondiam por uma dezena de mortes por ano.

A explosão de mortes foi alavancada pela participação da corporação — criada para patrulhar estradas federais — em operações conjuntas com outras forças policiais longe de rodovias, respaldadas pelo governo Jair Bolsonaro. Em janeiro de 2021, seu então ministro da Justiça, André Mendonça assinou uma portaria que autorizava a PRF a participar de operações conjuntas com outras corporações e ainda autoriza o ingresso “nos locais alvos de mandado de busca e apreensão”.

Em 2021, 26 das 47 mortes registradas pela corporação aconteceram numa só operação sem relação alguma com o patrulhamento de rodovias: agentes da PRF e PMs de Minas Gerais invadiram um sítio na cidade de Varginha e mataram suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubos a bancos.

Já no Rio, 39 dos 40 homicídios registrados no primeiro semestre de 2022 aconteceram fora de rodovias federais, durante cinco operações realizadas em conjunto com as polícias Civil e Militar em quatro favelas diferentes. A ação com mais mortes foi realizada em apoio ao Batalhão de Operações Especiais (Bope) da PM, em 24 de maio, na Vila Cruzeiro.

Na ocasião, setores de inteligência da Polícia Federal, da PRF e do Bope receberam a informação de que traficantes sairiam da favela em direção à Rocinha, na Zona Sul, e a operação foi montada para interceptar o bando. Ao todo, 23 pessoas foram mortas — entre elas a manicure Gabrielle Ferreira da Cunha, de 41 anos, atingida em meio a um tiroteio entre policiais e traficantes.

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