Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Saúde Doenças cardiovasculares podem aumentar até 30% no inverno

Compartilhe esta notícia:

Redução brusca da temperatura pode levar a um fenômeno chamado vasoconstrição, que favorece a ocorrência de problemas como infarto

Foto: Reprodução
Redução brusca da temperatura pode levar a um fenômeno chamado vasoconstrição, que favorece a ocorrência de problemas como infarto, dor no peito e, em casos graves, a morte súbita

A queda das temperaturas durante o inverno aumenta em 30% os riscos de doenças cardiovasculares. Com o objetivo de regular a temperatura corporal e manter o equilíbrio, o organismo faz a contração dos vasos sanguíneos, com o aumento da pressão, para evitar a perda de calor em excesso.

No entanto, com a redução brusca da temperatura esse mecanismo chamado vasoconstrição pode favorecer a ocorrência de problemas como infarto, dor no peito e, em casos graves, a morte súbita.

“Nesta época do ano, com as baixas temperaturas, as artérias se contraem para auxiliar o corpo a reter o calor. Como estão mais estreitas, os coágulos e as placas de gorduras podem dificultar o fluxo sanguíneo para o coração. Embora seja um mecanismo natural de proteção contra o frio, durante o processo de vasoconstrição há uma diminuição do calibre das artérias, o que pode aumentar o risco de infarto e derrame. As pessoas bebem menos água e líquidos, o que contribui para aumentar a viscosidade do sangue, ou seja, ele fica mais grosso e propenso para formar coágulos”, diz o cardiologista Leandro Costa.

As baixas temperaturas do inverno fazem aumentar em 30% o risco de infarto, segundo dados do Instituto Nacional de Cardiologia, principalmente em pessoas que apresentam fatores de risco.

Nesse contexto, pessoas com idades entre 75 e 84 anos e aquelas que já apresentam doenças relacionadas ao coração são as mais vulneráveis. Os índices de AVC (acidente vascular cerebral) também se intensificam nesse período, podendo ter um crescimento de até 20%.

“Para indivíduos que já têm uma propensão ou já tem doença coronária instalada e algum grau de obstrução nos vasos, a vasoconstrição pode ser extremamente nociva e levar a um desequilíbrio, com sintomas e até mesmo evento agudo”, afirma Ricardo Costa, cardiologista intervencionista e presidente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista.

Com a chegada do frio, o cenário se torna ainda mais perigoso às pessoas que têm muitos fatores de riscos para as doenças cardiovasculares. “Por isso, é imprescindível realizar o check-up cardiológico anualmente, praticar exercícios físicos com orientação de especialista e, ainda, consumir alimentos saudáveis, evitar gorduras e sal em excesso”, orienta Costa.

Hipertensos, pessoas com diabetes e obesidade e fumantes estão entre os que sofrem maior risco e precisam de cuidados redobrados no inverno. O Ministério da Saúde recomenda o reforço de agasalhos, a prática regular de atividade física e hábitos alimentares saudáveis, além de se evitar o tabagismo e reduzir o consumo de álcool no período.

Riscos

As doenças cardiovasculares são a maior causa de internação e de morte no mundo quando se trata de doenças clínicas não traumáticas. No inverno, ainda há outro fator que agrava os riscos de problemas do coração.

Nessa época, muitas pessoas deixam de praticar exercícios e passam a comer alimentos mais calóricos, pela sensação de bem-estar e aquecimento corporal.

“A atividade física aquece o corpo, melhora a disposição e existem muitos alimentos que podem, também, proporcionar esse bem-estar sem excesso de calorias. Alguns exemplos são o queijo branco, pão integral, peito de peru, ovo cozido e frutas como banana e damasco”, explica o cardiologista.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Saúde

Prefeitura de Porto Alegre seleciona candidatos a 254 vagas de estágio
Quina de São João: oito apostas vão dividir o prêmio de R$ 216 milhões
https://www.osul.com.br/doencas-cardiovasculares-podem-aumentar-ate-30-no-inverno/ Doenças cardiovasculares podem aumentar até 30% no inverno 2023-06-25
Deixe seu comentário
Pode te interessar