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Brasil Aluguel de avião, helicópteros e salas comerciais: saiba o que colocou o coach Pablo Marçal na mira da Polícia Federal

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Pablo Marçal se autointitula "coach messiânico" nas redes sociais

Foto: Reprodução/Twitter
Apesar dos perfis parecidos, ainda é Bolsonaro que mantém a liderança da ultradireita e poder político. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Pablo Marçal, o autointitulado “coach messiânico”,  tornou-se alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga crimes eleitorais e lavagem de dinheiro em contratos de serviços como aluguel de aviões, helicópteros e salas comerciais de empresas das quais faz parte do quadro societário.

Ele era inicialmente candidato à presidência da República pelo Pros, mas o partido decidiu apoiar Lula (PT) nas eleições do ano passado, e o coach passou a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. Ele foi eleito, mas teve sua candidatura indeferida.

Segundo levantamento elaborado pelo Globo, foi identificado, na prestação de contas do empresário junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pelo menos duas empresas ligadas ao influenciador que receberam dinheiro de sua campanha como prestadoras de serviços. Conforme dados da Justiça Eleitoral, o influenciador movimentou aproximadamente R$ 400 mil nas operações.

A empresa que mais recebeu recursos foi a Marcal Participacoes LTDA. O coach aplicou R$ 288 mil de recursos de sua campanha. Ela é uma sociedade em conjunto com sua mulher, Ana Carolina Carvalho. Ao justificar os gastos à Justiça Federal, Marçal alegou ter pago aproximadamente R$ 100 mil pelo aluguel de dois aviões e R$ 72 mil por dois helicópteros. Os demais valores teriam sido usados para locar uma sala e carros.

A outra empresa que aparece na relação de fornecedores do político é a Aviation, onde Marçal informou ter gastado aproximadamente R$ 112 mil com o aluguel de dois jatinhos. A empresa é uma sociedade com Marcos Paulo de Oliveira, o segundo maior doador da campanha, com R$ 900 mil, ficando atrás apenas do próprio Marçal, que empenhou pelo menos R$ 1,3 milhão em suas candidatura à Presidência e a deputado federal de São Paulo.

Marçal não utilizou recursos do Fundo Eleitoral em sua campanha. No entanto, caso o dinheiro arrecadado não fosse gasto pelo candidato, a sobra iria para o Pros, partido ao qual ele era filiado.

Essas duas movimentações financeiras entre o candidato e suas empresas embasaram o inquérito que tramita em sigilo na 1ª Vara Eleitoral de São Paulo. Segundo documentos a que o Globo teve acesso, Marçal começou a ser investigado pela PF após o recebimento, pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), de um relatório de inteligência financeira que constatou inconsistências.

Foram listadas 42 movimentações financeiras consideradas suspeitas nas contas de Pablo Marçal. Ao instaurar o inquérito, a PF destacou que Marçal é sócio de mais de 20 empresas, a maioria criada em 2021.

A defesa de Marçal assume que a movimentação de recursos para benefício próprio aconteceu durante o período eleitoral, mas alega que não houve “infração de qualquer norma legal”.

“O cerne da investigação gira sobre o fato de Pablo ter sido o maior doador de sua campanha, e ter locado veículos e aeronaves de empresas da qual faz parte do quadro societário, movimento esse que não infringe qualquer norma legal, uma vez que foram utilizados os instrumentos jurídicos aceitáveis pela Justiça Eleitoral”, diz o texto.

Há ainda uma outra movimentação financeira suspeita envolvendo uma transferência de recursos entre suas duas campanhas, para presidente e para deputado federal. Na campanha para a Câmara dos Deputados, foi declarado como receita um valor de R$ 407 mil, que seria doação da campanha presidencial de Pablo Marçal à sua campanha de deputado federal.

Todavia este mesmo valor também consta no campo de despesas, como repasse da campanha de deputado à campanha presidencial. Existem também divergências entre valores doados de uma campanha para a outra: a candidatura presidencial declarou ter doado R$ 387 mil para a candidatura a deputado, valor que não consta da mesma forma como receita na segunda campanha.

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