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Geral Saiba por que este ano deve ser o mais quente da História

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A Terra está atravessando os dias mais quentes de sua história recente. (Foto: Reprodução)

Quem vive no Brasil pode até não ter notado o acontecimento com ares catastróficos que atingiu o planeta nesta primeira semana de julho, mas os números coletados pelo Centro Nacional de Previsão Ambiental dos Estados Unidos não abrem espaço para negacionismo: a Terra está, neste momento, atravessando os dias mais quentes de sua história recente. Na segunda-feira (3), a média da temperatura global bateu um primeiro recorde histórico e chegou a 17,01°C. Na terça-feira (4), subiu para 17,18°C. O aquecimento global e o El Niño, fenômeno meteorológico que ocorre de tempos em tempos, são os culpados.

Entenda quais foram os efeitos da temperatura recorde ao redor do mundo e por que o El Niño deve continuar influenciando a temperatura global nos próximos meses.

Os dias mais quentes da Terra podem ter passado sem muito alarde no Brasil – já que, por aqui, os meses de junho e julho estão entre os mais frios do ano –, mas populações de outros lugares do mundo estão sentindo na pele o aumento da temperatura global. Nos Estados Unidos, os termômetros marcaram mais de 40ºC nas últimas semanas. Ao menos 13 pessoas já morreram por conta das altas temperaturas no país, que é agravado por um fenômeno chamado “domo de calor” – quando a atmosfera forma uma espécie de tampa que retém o ar quente.

As ondas de calor também preocupam na China e no Norte da África, onde as temperaturas estão chegando aos quase 50ºC. Mesmo os locais mais frios do globo estão registrando recordes nos termômetros, como a Antártida.

Além do calor em si, o anúncio das altas temperaturas acende o alerta para outros fenômenos como a seca e os ciclones – até porque eles estão intimamente relacionados com o outro culpado pelo caos da última semana, além do aquecimento global: o El Niño.

O que é o El Niño e o que ele promete para os próximos meses: Há cerca de sete anos, manchetes parecidas com as dos últimos dias estamparam os jornais: ondas de calor sem precedentes, temperaturas recorde, secas, queimadas. Não se trata de uma coincidência. Nesta época, como agora, o mundo estava sob efeito do El Niño, um fenômeno natural que tem potencial de afetar o clima de todo o planeta. Ele ocorre em períodos mais ou menos regulares de sete anos. Desta vez, o El Niño já está em curso e deve se estender pelo próximo ano. As projeções de especialistas para os meses pela frente não são muito otimistas.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica do governo dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), espera que o fenômeno seja o mais agressivo dos últimos 70 anos. Já o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Petteri Taalas, deixa um alerta: os governos de todo o mundo devem começar a tomar medidas para proteger a saúde, o ecossistema e as economias.

Mas como pode um fenômeno meteorológico ser capaz de afetar tantos aspectos da vida no planeta? Para responder, é necessário antes compreender o funcionamento do El Niño, que começa na atmosfera e acaba nos oceanos. Ele ocorre por conta de uma mudança na circulação atmosférica no planeta: os ventos alísios, que costumam soprar de leste para oeste no Pacífico, ficam mais fracos. Com isso, não conseguem carregar a água aquecida da região equatorial em direção à Indonésia, deixando que as massas de ar quente continuem estacionadas na costa da América do Sul.

Isso faz com que chova muito nas regiões sob influência dessas massas de ar – como a costa sul-americana do Pacífico, o sul dos Estados Unidos e o sul e sudeste brasileiros. Por outro lado, algumas regiões do mundo enfrentam uma seca rigorosa, como o sudeste da Ásia e, acredite, até a Amazônia.

Essa mudança intensa no clima e no regime de chuvas afeta a agricultura de muitos países. A Índia, por exemplo, produz arroz e necessita das chamadas monções – períodos longos de chuva e seca – para regular o cultivo. Com o El Niño, essas famosas chuvas também diminuem, e atrapalham as plantações. As perdas na produção impactam a economia, que também fica comprometida.

Além disso, a devastação ambiental passa a ser uma preocupação ainda maior no atual contexto, em que os índices de desmatamento pioraram e o aquecimento global avança a passos largos. “Eu passei meses na Amazônia em 2015 [no período de El Niño] e foi traumático olhar tudo aquilo”, afirmou, em entrevista à BBC Brasil, a bióloga brasileira Erika Berenguer, pesquisadora das universidades de Oxford e Lancaster. “Tenho muito medo porque se acontecer algo semelhante agora, após tanto desmatamento, o El Niño pode causar uma verdadeira hecatombe ambiental”. As informações são da revista Abril.

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