Sábado, 16 de novembro de 2024
Por Leandro Mazzini | 10 de julho de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Um ex-bolsonarista garantista no plenário, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), articula intensamente com sua base para oficializar seu apoio ao Governo do presidente Lula da Silva III. Lira quer substituir o encarregado das Relações Institucionais do Planalto, deputado Alexandre Padilha (PT-SP), pelo líder do Governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), seu amigo pessoal há muitos anos. Lira tem na mão uma bancada de quase 200 deputados que avaliza o projeto. O plano do conglomerado ainda prevê a troca do chefe da Casa Civil, Rui Costa – com quem Lira não se dá bem – pelo, acreditem, atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que se deslocaria para o Palácio. Nesse cenário esboçado, a economia seria entregue a um não-petista. Até a volta do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para base de Lula está no escopo.
Doria no jogo
Ex-governador de São Paulo, o empresário João Doria Jr ainda tem uma base forte de apoiadores em diferentes setores e políticos suprapartidários. Foi instado a pensar na volta à política. Consulta amigos e tenta apoio para se lançar candidato à prefeitura paulistana. Ainda é filiado ao PSDB, mas o Podemos é uma opção.
Maia coringa
O presidente da CPMI dos Atos Golpistas, deputado Arthur Maia (União-BA), se especializa em liderar trabalhos polêmicos. Foi relator da Lei Anti-terror (2017), das Reformas da Previdência (2019) e Administrativa (2021), do Marco Temporal das terras indígenas (2021) e da Lei que define quarentena de 36 meses para nomeação para cargos públicos de quem fez campanhas eleitorais. Ele virou o coringa da turma.
Teste do bisturi
A Associação Médica Brasileira quer instituir prova para autorizar o exercício da profissão, como acontece com os advogados que precisam do exame da OAB. O presidente da AMB, Cesar Fernandes, propõe o “teste do progresso”, exame que avalia a capacidade de medicar dos recém-formados.
Sindicato único
Cláusula sagrada do movimento operário, a Unicidade Sindical – regra trabalhista que permite funcionamento de só um sindicato por categoria na mesma base eleitoral – é discutida no Ministério do Trabalho e deve ser flexibilizada na proposta de minirreformas que o Governo vai enviar ao Congresso. A chiadeira será grande.
Apps & motoboys
O Governo estima entre 400 mil e 1 milhão o número de pessoas que trabalham em aplicativos de transporte e de entrega de mercadorias e alimentos no Brasil. E prepara legislação para proteger estes microempreendedores. O lobby dos apps está forte.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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