Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de julho de 2023
O Tribunal do Júri condenou a 19 anos e oito meses de prisão em regime inicialmente fechado um homem que orquestrou a morte ex-sócio na cidade gaúcha de Muitos Capões (Região Nordeste do Estado), em março de 2012. De acordo com denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), o réu foi mentor, financiador e mandante do crime.
Com 49 anos na época, a vítima recebeu dois tiros fatais. O ataque envolveu uma emboscada, na qual Miguel Angelo Siega foi chamado pelo parceiro de agronegócio – então com 29 anos – a participar de reunião em uma casa na localidade de Santa Rita. Ao retornar do encontro, foi abordado por um funcionári e outro homem – ambos contratados pelo réu para cometer a execução.
Conforme os promotores de Justiça Damásio Sobiesiak e Eugênio Paes Amorim, que atuaram no julgamento, a sentença levou em conta uma série de agravantes: crime realizado mediante promessa de recompensa, motivo fútil, dissimulação e emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar impunidade.
Investigações realizadas pela Polícia Civil apontaram que os sócios vinham nutrindo desavenças comerciais. A situação se agravou depois que Miguel Angelo descobriu desvios de produtos e dinheiro da empresa pelo parceiro.
Um primeiro júri chegou a ser realizado em outubro de 2019, mas teve a sua anulação decidida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). Motivo: a defesa do réu havia utilizado um documento não anexado ao processo.
No que se refere aos outros dois denunciados pelo assassinato, um já recebeu condenação. Já o outro foi morto antes de sentar-se no banco dos réus. Cada um teria recebido um automóvel Chevrolet Vectra para matar o sócio do mandante.
(Marcello Campos)
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