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Cláudio Humberto Só 124 dos 513 deputados nunca faltam ao trabalho

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Nem o altíssimo salário de R$41.650,92, além dos penduricalhos que engordam os ganhos mensais, garantiu a presença de parlamentares na Câmara dos Deputados no primeiro semestre do ano. Só 124 deputados federais tiveram 100% de presença nas 57 sessões analisadas. O levantamento considerou 551 parlamentares, já que alguns assumiram o posto de outros que se ausentaram para, por exemplo, assumirem cargos, o que inchou ainda mais o parlamento, que tem 513 vagas.

Cadê você?
Aos 88 anos, a veterana Luiza Erundina (Psol-SP) foi quem menos apareceu: foram 40 ausências, mas todas dadas como “justificadas”.

Justificaram
Com 38,6% de ausência, Misael Varella (PSD-MG) e Talíria Petrone (Psol-RJ), no cargo desde fevereiro, seguem o triste ranking.

Sem explicação
Junior Lourenço (PL-MA) é o deputado com maior número de ausência não justificada, 15. É seguido por Gustinho Ribeiro (Rep-SE), com 13.

Segue o ranking
O ranking dos sumidos segue com José Priante (MDB-PA), 11 ausências; Acácio Favacho (MDB-AP) e Vicentinho Júnior (PP-TO), com 10 cada.

Proposta ‘desprivatiza’ bilhões do Fundo Amazônia
O ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo apelou à CPI das ONGs, esta semana, para que o Congresso aprove lei destinando a Estados e Municípios da região os recursos bilionários do Fundo Amazônia, criado pelo governo federal em 2008. Os recursos “não reembolsáveis” das doações ao Fundo param nos cofres de ONGs picaretas, que usam a Amazônia para tomar dinheiro de governos e empresas no exterior para ações de “preservação” que excluem a mata, os indígenas e ribeirinhos.

Poder público funciona
“Não há nada que Estados e Municípios não possam fazer em defesa da Amazônia”, diz Aldo Rebelo, que fez recente viagem por terra à floresta.

Olha a ousadia
Gestor do Fundo Amazônia, o BNDES negava acesso do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles a projetos milionários de ONGs suspeitas.

Reino da picaretagem
Hoje relator da CPI das ONGs, Salles sabe que prevalece a picaretagem no “terceiro setor”, quando se trata de Amazônia.

Imunidade cancelada
Está prevista para esta semana o depoimento do senador Marcos do Val (Podemos-ES) sobre o suposto plano para grampear o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A oitiva deve ser na quarta-feira (19).

MST na mira
A CPI do MST está a todo vapor na Câmara. A comissão, presidida pelo deputado Zucco (Rep-RS) e relatada por Ricardo Salles (PL-SP), já soma 302 requerimentos de deputados.

Obscurantismo
Ao extinguir escolas cívico-militares no âmbito federal, o ministro da Educação, Camilo Santana, fez a opção obscurantista do autoritarismo: nem sequer procurou saber por que pais e alunos aprovam o programa.

Virou diversão
Marco Feliciano (PL-SP) fez uma coletânea das pérolas da CPMI do 8 de Janeiro, tipo “coronel, qual é a sua patente?”. O deputado lamentou que a comissão parlamentar tenha se tornado entretenimento.

Divã de feira
A senadora Soraya Thronicke (Pode-MS) tentou fazer jogo psicológico ao indagar a Mauro Cid, durante a CPMI do 8 de janeiro, qual dos “pais” o militar considera mais: o general Cid ou o ex-presidente Bolsonaro.

O pior chorume
Ao ouvir coisas do tipo “chorume do bolsonarismo”, o deputado Eder Mauro (PL-PA) não deixou barato: “o chorume do comunismo é presidido pelo maior ladrão desse país que se chama Luís Inácio Lula da Silva”.

Quase nada
Acionistas minoritários das Americanas seguem com dias difíceis no mercado de ações. O papel fechou a última semana valendo só R$1,12; ainda menos do que no começo da semana, quando esteve em R$1,16.

Poste no cachorro
Após fala descabida, que inclusive rendeu retratação do próprio Luís Roberto Barroso, do STF, pelegos da Força Sindical soltaram um “nota de Solidariedade”… A bajulação foi endereçada ao próprio ministro.

Pergunta em Belford Roxo
Daniela Carneiro de volta à Câmara aumenta a base ou o problema de Lula?

PODER SEM PUDOR
Estrada d’água
Ned Cavalcanti era diretor-geral de DER em Pernambuco quando Miguel Arraes o chamou: “Dr. Ned, tem um açude lá em Santa Cruz do Capibaribe quase sangrando. O senhor pode dar um jeito nisso, fazendo um canal de concreto armado para levar água à população que está sofrendo uma seca danada?” Ned explicou, constrangido: “Dr. Arraes, o DER não domina a construção de canais, cuida de rodovias.” O governador decretou: “O canal vai servir de estrada para a água…” O canal foi construído em tempo recorde e funciona bem.

Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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