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Saúde Américas terminam o primeiro semestre com 2,9 milhões de casos de dengue; Brasil corresponde a 79% desse número

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A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti

Foto: Agência Brasil
A dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. (Foto: EBC)

A OMS (Organização Mundial da Saúde) fez um alerta sobre a disparada dos casos de dengue nas Américas. O primeiro semestre deste ano terminou com 2,9 milhões de ocorrências na região, entre casos confirmados e suspeitos.

Esse número é superior ao total registrado em todo o ano passado: 2,8 milhões. Os países com maior incidência estão na América do Sul. A OMS destacou Bolívia, Peru e Brasil – que já registrou mais de 2,3 milhões de casos neste ano, ou seja, quase 80% do total.

As epidemias de dengue obedecem a um ciclo, aparecem com mais força a cada três ou cinco anos. Essa é uma das razões apontadas pela OMS para explicar a alta de casos  da doença.

No Brasil, 2023 apresentou um aumento de mais de 70% no número de casos na comparação com a média dos últimos cinco anos. Vale lembrar que a dengue pode evoluir para quadros graves como a chamada dengue hemorrágica. Mais de 800 pessoas já morreram de dengue no Brasil neste ano.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, além do ciclo natural da doença, as falhas nas políticas de enfrentamento, a mudança climática e fenômenos como o El Niño – que deixam o clima mais quente – interferem nos números.

O Ministério da Saúde admite que a pandemia de Covid-19 desorganizou o combate nacional ao Aedes aegypti, vetor da doença.

“A pandemia impactou bastante. Nós temos uma ação dos nossos agentes de combate à endemia que, durante esse período, ficaram com as ações bastante prejudicadas. Nós tivemos uma descontinuidade na compra de alguns produtos, de inseticidas, utilizados para o combate do vetor”, explicou Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde.

Vacinas

Já existem vacinas contra a dengue, mas elas ainda não estão disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde). Há duas aprovadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária): uma do laboratório francês Sanofi Pasteur, que só pode ser utilizada por quem já teve a doença, e outra para um público mais amplo, da farmacêutica japonesa Takeda, aprovada neste ano. As duas têm restrições de idade.

Por enquanto, elas são encontradas apenas em clínicas particulares. O Ministério da Saúde informou que a vacina japonesa está sendo avaliada para entrar no SUS.

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