Quarta-feira, 05 de março de 2025
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2023
Janja participou do 1º Encontro de Integração de Mulheres Latino-Americanas, em Foz do Iguaçu
Foto: Reprodução/TwitterA primeira-dama Janja Lula da Silva afirmou que “não é mais possível as mulheres aguentarem a violência política”. Ela classificou essa prática como inaceitável.
Janja deu as declarações na noite de terça-feira (25), durante o 1º Encontro de Integração de Mulheres Latino-Americanas, promovido pela Itaipu Binacional em Foz do Iguaçu (PR), no Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
Em seu discurso, Janja lembrou o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, ocorrido em 2018. A primeira-dama disse que Marielle foi calada por representar as mulheres no Parlamento.
“Tenho falado muito no Brasil da violência política que as mulheres vêm sofrendo. Que esse encontro aqui seja importante para começarmos a refletir sobre isso. Também tenho falado da importância das mulheres da América Latina e do Caribe se unirem em uma só voz para que nossa representação política seja cada vez maior. É importante estarmos no Parlamento para que a garantia dos nossos direitos seja votada e defendida”, ressaltou Janja.
A primeira-dama disse que pretende promover, no primeiro semestre do ano que vem, um grande encontro de mulheres parlamentares da América Latina e do Caribe para debater as dificuldades de atuação feminina na política. “Não é possível mais as mulheres aguentarem a violência política. Seja nos Parlamentos, nas redes sociais. O que acontece hoje é inaceitável. É sobre isso que a gente precisa dialogar”, declarou.
Durante o evento, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, disse que o combate à misoginia foi definido como um dos grandes eixos na reunião das altas autoridades do Mercosul, realizada no fim de maio na Argentina. Sem dar detalhes, a ministra destacou que, em 17 de agosto, haverá um grande encontro para discutir o enfrentamento ao ódio contra as mulheres no Mercosul, na América Latina e no Caribe.
“Nós, mulheres, não vamos aceitar morrer, nem sermos violentadas, nem caladas em nenhum lugar do mundo. Os lugares que nós conquistamos, os espaços que nós conquistamos, nunca foram doados. Nós conquistamos na luta, na rua. Por isso que não vamos voltar para a cozinha, para o tanque. Vamos ficar onde queremos, estamos e vamos subir mais”, disse Cida.