Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 26 de julho de 2023
A nota de crédito do Brasil foi elevada de BB- para BB, com perspectiva estável
Foto: ReproduçãoA agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável. O País havia sido rebaixado para o patamar BB- em 2018, em meio à crise nas contas públicas e pela não aprovação, na época, da reforma da Previdência.
“A atualização do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais”, diz um comunicado da agência divulgado nesta quarta-feira (26).
Essa classificação ainda indica um “grau especulativo”, apontando que o Brasil está menos vulnerável ao risco no curto prazo, mas segue enfrentando incertezas em relação a condições financeiras e econômicas adversas.
A agência, contudo, indica que o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais desde o seu último rebaixamento. O relatório pondera ainda que, apesar de o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defender “um afastamento da agenda econômica liberal dos governos anteriores”, espera que desvios sejam contidos pelo “pragmatismo e pelos freios e contrapesos institucionais”.
“A posição fiscal está se deteriorando em 2023 após uma melhora anterior, mas a Fitch espera que novas regras fiscais e medidas tributárias ancorem uma consolidação gradual. A Fitch ainda projeta que a dívida/PIB aumente, mas em um ritmo mais lento e a partir de um ponto de partida muito melhor do que o previsto anteriormente”, diz a agência.
A partir da nota de risco que os países recebem, os investidores podem avaliar se a possibilidade de ganhos (por exemplo, com juros maiores) compensa o risco de perder o capital investido com a instabilidade econômica local.