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Economia Deflação no Brasil reforça aposta em corte da Selic

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Redução da conta de luz e dos preços dos alimentos contribuiu para o resultado do IPCA-15.

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Piso serve de referência para categorias de trabalhadores sem atualização de valores em convenção ou acordo coletivo. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15), que mede a inflação oficial do País, ficou em -0,07% em julho, 0,11 ponto percentual abaixo da taxa registrada no mês anterior (0,04%), segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Este resultado deve dar munição para o governo federal e o setor produtivo aumentarem a pressão por um corte dos juros às vésperas da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que irá se reunir na próxima semana.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,09% e, em 12 meses, de 3,19%, abaixo dos 3,40% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho do ano passado, a prévia da inflação ficou em 0,13%.

O resultado deste mês foi influenciado pelas quedas de habitação (-0,94%) e alimentação e bebidas (-0,40%), que contribuíram com -0,14 ponto percentual e -0,09 ponto percentual, respectivamente. Os preços de artigos de residência (-0,40%) e comunicação (-0,17%) também recuaram.

Em habitação (-0,94%), destaca-se a queda da energia elétrica residencial (-3,45%) por conta da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas neste mês.

A queda do grupo alimentação e bebidas (-0,40%) se deve principalmente à deflação da alimentação no domicílio (-0,72%), que já havia recuado em junho. Destacam-se as baixas do feijão-carioca (-10,20%), óleo de soja (-6,14%), leite longa vida (-2,50%) e carnes (-2,42%). Já a batata-inglesa (10,25%) e o alho (3,74%) tiveram aumentos de preços.

No lado das altas, o maior impacto (0,13 ponto percentual) e a maior variação (0,63%) vieram de transportes. O resultado do grupo foi puxado pelo aumento do preço da gasolina (2,99%). Os demais grupos ficaram entre as taxas de 0,04% de vestuário e 0,38% de despesas pessoais.

Projeções

Especialistas dizem que o cenário mais provável na reunião da próxima semana do Copom é de uma queda de 0,25 ponto porcentual da Selic – para 13,50%.

“Temos visto esses bons sinais de desinflação, mas, à frente, alguns vetores podem preocupar, como o El Niño, que pode afetar a inflação de alimentos. Além disso, o preço internacional do petróleo não está caindo como antes, então, não devemos ter essa ajuda no segundo semestre”, disse o economista do Rabobank Renan Alves.

Já o economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, também aposta numa postura mais cautelosa do Copom, apesar do recuo mais forte do que o esperado do IPCA-15 de julho – que, segundo ele, mostrou uma inflação “menos espalhada sobre a economia”.

“Nosso cenário-base prevê um primeiro corte na taxa de juros de 0,25 ponto porcentual na próxima reunião do Copom. O BC deve manter inicialmente uma postura de parcimônia e cautela, sinalizando o começo do ciclo de cortes da Selic”, estima.

Para o diretor de Pesquisa Macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, a queda do IPCA-15 de julho reforça o corte de “ao menos” 0,25 ponto na taxa Selic.

“Na nossa avaliação, um real mais forte, preços de commodities contidos, preços de alimentos mais baixos, deflação no atacado, melhora das expectativas de inflação e inflação corrente baixa ou moderada devem apoiar uma virada na política monetária na decisão de agosto”, afirma, em relatório enviado a clientes.

 

 

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https://www.osul.com.br/deflacao-no-brasil-reforca-aposta-em-corte-da-selic/ Deflação no Brasil reforça aposta em corte da Selic 2023-07-26
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