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Política Tenente-coronel Mauro Cid movimentou R$ 3,2 milhões em 7 meses, diz órgão de combate à lavagem de dinheiro

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Militar da ativa, o tenente-coronel recebe mensalmente uma remuneração de R$ 26.239.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
Magistrado chamou a sessão da CPMI de teatro político. (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão de combate à lavagem de dinheiro, apontou, nas contas bancárias do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, movimentação “atípica” e “incompatível” com seu patrimônio.

Ao analisar as transações financeiras do militar, o Coaf registrou que ele movimentou R$ 3,2 milhões em sete meses — de 26 de junho de 2022 a 25 de janeiro de 2023. Nesse período, ele registrou operações de R$ 1,4 milhão em débitos e R$ 1,8 milhão em créditos. Militar da ativa, o tenente-coronel recebe mensalmente uma remuneração de R$ 26.239.

Cid está preso e é investigado pela Polícia Federal (PF) por participar de um esquema de supostas fraudes no cartão de vacina e por manter conversas de teor antidemocrático.

No documento, o Coaf destacou que encontrou nas contas do militar indícios de “movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, atividade econômica ou a ocupação profissional e capacidade financeira do cliente” e “transferências unilaterais que, pela habitualidade e valor ou forma, não se justifiquem ou apresentem atipicidade”.

O advogado Bernardo Fenelon, que defende Cid, disse que “todas as movimentações financeiras do tenente-coronel, inclusive aquelas referentes a transferências internacionais, são lícitas e já foram esclarecidas para a Polícia Federal”. O criminalista ainda pontuou que “todas as manifestações defensivas são apenas realizadas nos autos do processo”.

Entre as operações destacadas pelo Coaf, está o envio de remessas aos Estados Unidos no valor de R$ 367.374 em 12 de janeiro deste ano — data em que Cid e Bolsonaro se encontravam naquele país. Os dois saíram do Brasil no fim de 2022 e não acompanharam a transmissão do cargo para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Considerando a movimentação elevada, o que poderia indicar tentativa de burla fiscal e/ou ocultação de patrimônio e demais atipicidades apontadas, comunicamos pela possibilidade de constituir-se indícios do crime de lavagem de dinheiro ou com ele relacionar-se”, diz trecho do relatório.

O Coaf também chamou a atenção para quatro pessoas que fizeram transações com Mauro Cid. Entre elas, há um “caixeiro viajante”, um “ourives”, um tio de sua esposa e o sargento Luis Marcos dos Reis, que era subordinado do ex-ajudante de ordens na Presidência e também é investigado pela Polícia Federal.

Sobre a movimentação financeira entre Cid e o sargento, o Coaf fez o seguinte registro: “Considerando a movimentação atípica sem justificativa e as citações desabonadoras na mídia tanto do analisado como do principal beneficiário, comunicamos pela possibilidade de constituir em vício do crime de lavagem de dinheiro ou com ela relacionar-se”.

 

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