Sábado, 28 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 31 de julho de 2023
Ainda não há data para o julgamento.
Foto: EBCA Justiça espanhola informou nesta segunda-feira (31) que o ex-jogador Daniel Alves, de 40 anos, será julgado pelo caso de estupro de uma jovem em uma discoteca de Barcelona, na Espanha. O atleta com passagens pela Seleção Brasileira, Barcelona e São Paulo está preso desde janeiro acusado pelo crime.
Uma jovem o acusa pelo crime no banheiro de uma boate na Espanha no final de dezembro de 2022. Ainda não há data para o julgamento. Ele está em prisão preventiva desde 20 de janeiro. A mídia espanhol afirma que o julgamento deve ocorrer entre outubro e novembro deste ano.
Os próximos passos
De acordo com a imprensa espanhola, nesta quarta-feira (2) Dani Alves se apresentará em um tribunal de Barcelona, e a juíza vai notificá-lo de sua decisão. Além disso, deverá anunciar que ele precisará pagar 150 mil euros (R$ 784 mil na cotação atual) para cobrir eventuais danos e prejuízos (esse montante não será pago para que ele possa sair em liberdade condicional).
Deste modo, a juíza dá por finalizada a investigação do caso e abre-se agora a fase criminal para o ex-lateral direito, que poderia ser condenado a até 12 anos de prisão.
Quinta versão
Em abril, em novo depoimento à Justiça da Espanha, o jogador afirmou que a relação sexual com a jovem que o acusa de estupro teria sido consensual. Daniel Alves enfatizou que é “respeitoso” na relação com as mulheres e não toma a iniciativa se não perceber “tensão sexual” e uma clara predisposição. O jogador também afirmou que tudo o que aconteceu dentro do banheiro da boate foi um “ato livre e voluntário”, que ele e a jovem fizeram amor e acusadora “nunca disse para parar”.
Questionado sobre o teor da denúncia da jovem, Daniel Alves diz que tem pensado a respeito desde o dia em que foi preso. Ele disse acreditar que a vítima se sentiu “ofendida ou irritada” pelo fato dele ter pedido para saírem separados e discretos, e também porque não foi atencioso ou carinhoso com ela.
As novas declarações de Daniel Alves contradizem a versão da vítima e as evidências coletadas pela polícia. A jovem foi atendida por uma ambulância chamada pela boate Sutton, e transferida para o Hospital Clínic, referência em atendimentos a vítimas de abusos sexuais. Lá, ela passou por um exame médico. O relatório diz que ela sofreu ferimentos leves compatíveis com a “luta” que teria travado com o jogador de futebol para não se sujeitar ao ato sexual.
Versões anteriores
Logo que foi preso acusado de estupro, Daniel Alves negou que havia tinha tido qualquer tipo de contato com a vítima. A versão foi dada pelo próprio jogador, assim que recebeu a acusação, em um vídeo enviado ao canal de TV espanhol Antena 3.
Dias depois, o jogador mudou seu relato, afirmando ter encontrado a vítima no banheiro da boate, tendo sido surpreendido por ela na ocasião. Nessa versão, Alves afirmou que não teve qualquer contato com ela e teria ficado parado, sem saber o que fazer quando a viu.
Daniel Alves, pouco tempo depois, admitiu que manteve uma relação sexual com a mulher (após amostras de sêmen serem encontradas no banheiro), mas disse que ela teria se lançado em sua direção dentro do banheiro para fazer sexo oral. O brasileiro alegou que ele não tinha dado essa versão até aquele momento com o intuito de “proteger” a vítima.
O jogador, depois, acabou afirmando ter havido penetração enquanto eles estavam no banheiro após o resultado de testes biológicos realizados na mulher que acusa o brasileiro. Daniel Alves afirmou que não teria dado essa versão ainda também para proteger a vítima e a sua então esposa, Joana Sanz — que acabou pedindo divórcio após a repercussão do caso.