Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Flavio Pereira | 3 de agosto de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O presidente da Calçados Beira Rio S.A, Roberto Argenta, líder no segmento de calçados, sendo uma das maiores fabricantes brasileiras, está encaminhando desde ontem a lideranças políticas e empresariais de todo o país, um alerta para o risco iminente de que a portaria baixada pelo Governo Federal isentando de tributos nas importações de até 50 dólares, poderá causar uma onda de desemprego, estimada em 2,5 milhões de postos de trabalho. Argenta menciona o alerta feito pessoalmente ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pelos presidentes da CNI (Confederação Nacional da Industria), Robson Andrade, e do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo, Jorge Gonçalves Filho, quanto aos possíveis efeitos da medida que autoriza a isenção de impostos federais dos importados. No documento entregue ao ministro Haddad, os líderes da indústria e do varejo alertam que a cada dia, mais de um milhão de pacotes com valor de até US$ 50 ingressam no Brasil, o que permite uma projeção de US$ 60 bilhões de compras online por ano, fazendo uma concorrência desleal com os empreendedores brasileiros.
Roberto Argenta já vem alertando para o risco das isenções
No início deste mês, Roberto Argenta, que já foi prefeito e deputado federal e hoje preside a Calçados Beira Rio, responsável pela exportação para 97 países, já havia levado ao presidente da República em exercício, e ministro da Industria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, a preocupação com a geração de empregos, “e mais do que isso, a preocupação em evitarmos demissões”, explicou.
No contato com Geraldo Alckmin e em vários encontros com lideranças políticas, Argenta defendeu em Brasília a manutenção das condições para que o setor calçadista e sua cadeia produtiva continue gerando empregos e divisas para o País. Roberto Argenta foi o único líder nacional do setor calçadista que se antecipou, e que manteve em Brasília ainda antes da votação do texto da Reforma Tributária pela Câmara dos Deputados, diversos contatos, defendendo a competitividade do setor, e levando a preocupação com as isenções de produtos importados, que agora se confirmaram.
No Cremers, duas das três chapas são impugnadas. Permanece apenas a chapa 1
O processo eleitoral do Cremers (Conselho Regional de Medicina do RS) teve um movimento inesperado. A Comissão Eleitoral acatou pedido dos membros da Chapa 1, e impugnou as chapas 2 – CONEXÃO e 3 – PRA FRENTE CREMERS. Só permanece a chapa 1, liderada pelo atual presidente, o médico Carlos Sparta. Da decisão da Comissão Regional Eleitoral cabe recurso. A eleição está marcada para os dias 14 e 15 deste mês.
Ex-governador Sergio Cabral beneficiado com nova anulação de provas pelo STF
O ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux anulou as provas que incriminavam o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral no acordo de leniência da Odebrecht com a operação Lava Jato. Cabral já chegou a somar mais de 400 anos de condenação em todos os processos a que responde, alguns deles agora arquivados. Luiz Fux estendeu a Cabral o entendimento do ex-ministro Ricardo Lewandowski, que considerou que as provas por meio dos sistemas Drousy e My Web Day B, usados internamente pela empresa, eram “desprovidas de lastro probatório mínimo”. O sistema indicava pagamento de propina para políticos.
Sérgio Cabral já teve delação contra ministro do STF anulada
Em maio de 2021, outra denúncia, desta vez vinda de uma delação de Sergio Cabral, foi arquivada pelo STF. Tratava da abertura de uma investigação contra o ministro Dias Toffoli, acusado pelo ex-governador de vender sentenças enquanto era presidente do Tribunal Superior Eleitoral em processos envolvendo prefeitos do Rio de Janeiro em 2015. Segundo publicou o jornal Folha de S.Paulo em maio de 2021, Cabral disse em suas delações que o ministro recebeu quatro milhões de reais em troca de duas decisões favoráveis enquanto presidia o TSE. O ministro afirma que “jamais recebeu os supostos valores ilegais”. No julgamento pelo STF do caso que o envolvia, Toffoli não se deu por impedido, e votou em seu favor, assim como Edson Fachin, Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski e Luiz Fux pelo arquivamento do pedido de investigação.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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