Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 4 de agosto de 2023
Um dia após prender um fazendeiro do Pará, a Polícia Federal (PF) cumpriu dois mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao suspeito de propagar imagens com ameaças de ataques ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com informações da PF, ele trabalha como vigilante e possui porte de arma. Lula cumpriu agenda nessa sexta-feira (4) em Parintins, no Amazonas, mas a expectativa é que passe o fim de semana descansando em Alter do Chão, no Pará.
“A ação policial busca angariar mais elementos de convicção acerca do cometimento de crimes e evitar a possibilidade de atentado ao Presidente”, diz o texto divulgado pela PF. De acordo com informações da GloboNews, o suspeito foi levado para depor. Como as postagens foram feitas há mais tempo, não foi possível expedir uma prisão em flagrante.
Na quinta (3), o fazendeiro Arilson Strapasson foi detido após investigações apontarem um plano para atirar em Lula.
Apurações indicam que o fazendeiro tentou obter informações sobre o local em que presidente vai se hospedar no Estado. Como parte da programação de Lula no Pará, ele vai participar da Cúpula da Amazônia, que vai acontecer em Belém, nos dias 8 e 9 de agosto. O homem é suspeito dos crimes de ameaça e de incitar atentado por motivação política.
As ameaças teriam ocorrido enquanto fazia compras em uma loja de bebidas na última quarta-feira (2). Enquanto realizava as compras, o homem teria dito que daria um tiro na barriga do presidente e teria perguntado aos presentes se sabiam em qual hotel ele iria se hospedar ao chegar a Santarém (PA).
O fazendeiro teria associação com a grilagem e com o garimpo, e seria proprietário de terras avaliadas em R$ 2,5 milhões.
Nas redes sociais, o ministro da Justiça Flávio Dino afirmou que a Polícia Federal seguirá “aplicando a lei contra criminosos” e critica a existência de pessoas que ameaçam “matar ou agredir fisicamente autoridades dos Poderes da República”.
“Mesmo após o fracasso dos atos golpistas de 8 de janeiro, ainda existem pessoas que ameaçam matar ou agredir fisicamente autoridades dos Poderes da República. Isso não é liberdade de expressão e a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra criminosos. Renovo os apelos para que as pessoas protestem pacificamente e esperem a eleição de 2026”, escreveu Dino no Twitter.