Domingo, 27 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 29 de novembro de 2015
Análises realizadas com um radar na tumba do faraó egípcio Tutancâmon em Luxor sugerem que existe uma câmara secreta, onde, segundo alguns especialistas, poderia estar a múmia da lendária rainha Nefertiti, de outra esposa do faraó precedente, Akhenaton, ou de sua filha.
Os especialistas têm 90% de certeza de que existe uma câmara oculta, anunciou neste sábado (28) o ministro egípcio das Antiguidades, Mahmud al-Damaty, antes de advertir, no entanto, que são resultados “preliminares” e que é necessário aguardar um mês para a confirmação.
Para o egiptólogo britânico Nicholas Reeves, presente na entrevista coletiva, as novas análises mostram que “a tumba continua, como eu havia previsto”. Para Damaty, o Egito aguarda “a descoberta do século XXI” na tumba de Tutancâmon, cuja localização representou, segundo o ministro, “a maior descoberta cultural no Egito na história da humanidade”.
Conforme Damaty, caso a existência seja confirmada, a câmara secreta poderia conter a múmia de Kiya, uma esposa menos conhecida do faraó que precedeu Tutancâmon, Akhenaton, ou a de Meritaton, filha deste “faraó herege”, considerado um precursor do monoteísmo.
Reeves voltou a defender sua hipótese de que na câmara secreta estaria a tumba oculta de Nefertiti. Os dois, em qualquer caso, esperam confirmar a existência de outra câmara funerária na tumba de Tutancâmon, descoberta em 4 de novembro de 1922.
Até hoje os egiptólogos não localizaram a múmia Nefertiti, uma rainha de beleza lendária que exerceu um papel político e religioso fundamental no século XIV a.C. ao lado do marido Akhenaton. Este faraó converteu temporariamente o antigo Egito ao monoteísmo, impondo o culto exclusivo ao Deus do Sol, Aton. (Folhapress)