Domingo, 22 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 9 de agosto de 2023
Silvinei Vasques foi preso preventivamente em Florianópolis
Foto: Valter Campanato/Agência BrasilO ex-diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques foi preso preventivamente pela PF (Polícia Federal), na manhã desta quarta-feira (9), em Florianópolis (SC), durante a Operação Constituição Cidadã, que investiga interferência no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, ele comandava a PRF na época do pleito. Durante a operação, também foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. Os mandados foram expedidos pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
A ação contou com o apoio da Corregedoria-Geral da PRF, que determinou também a oitiva de 47 policiais rodoviários federais. Segundo a PF, o objetivo da operação deflagrada nesta quarta é esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral. De acordo com as investigações, integrantes da PRF teriam “direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022”.
“Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região Nordeste do País”, afirmou a PF.
“Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro”, acrescentou a corporação.
Durante a realização do segundo turno das eleições, em 30 de outubro, a PRF fez mais de 500 operações para fiscalizar o transporte de eleitores em diversas estradas do País, principalmente no Nordeste. A Justiça Eleitoral determinou a suspensão das blitze para não prejudicar o deslocamento das pessoas até os locais de votação.