Sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de agosto de 2023
Entre os alvos da operação, estão o tenente-coronel Mauro Cid e o seu pai
Foto: PF/DivulgaçãoA PF (Polícia Federal) cumpriu, na manhã desta sexta-feira (11), mandados de busca e apreensão contra militares suspeitos de vender ilegalmente presentes dados ao governo por delegações estrangeiras durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro.
São alvos da operação, realizada em Brasília, São Paulo e Niterói (RJ), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Barbosa Cid; o pai dele, o general do Exército Mauro César Lourena Cid; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.
Os mandados foram autorizados pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes dentro do inquérito policial que apura a atuação das chamadas “milícias digitais” em tramitação no Supremo.
“Os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores. Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro”, informou a PF.
A operação foi batizada de “Lucas 12:2” em alusão ao versículo da Bíblia que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.
Pai de Mauro Cid
Mauro César Lourena Cid é general do Exército e foi colega de Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras, nos anos 1970. Durante o governo do ex-presidente, o militar ocupou um cargo federal em Miami (EUA) ligado à Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos ).
Segundo as investigações, o general teria sido o responsável por negociar joias e demais bens nos EUA.