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Política Ministros afagam Lula, articulam com colegas e liberam emendas para tentar escapar da reforma ministerial

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Lula tem dito a auxiliares mais próximos que pretende sacramentar as mudanças nesta semana, antes de embarcar para a Cúpula dos Brics.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente perdeu o timing. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Diante da proximidade da reforma ministerial, titulares da Esplanada e ocupantes de outros postos cobiçados do governo intensificaram os movimentos para fugir da fritura e permanecer onde estão.

Nomes como o dos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura), bem como a presidente da Caixa Econômico Federal, Rita Serrano, lançaram mão de estratégias que vão de acenos diretos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e articulações com os ministros de pastas do Palácio do Planalto à construção de pontes com caciques do Congresso e liberação de emendas parlamentares.

Lula tem dito a auxiliares mais próximos que pretende sacramentar as mudanças nesta semana, antes de embarcar para a Cúpula dos Brics, na África do Sul, neste domingo (20).

As mudanças que deverão abrir espaço no governo aos deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) foram discutidas em reunião entre Lula, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais); os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e Senado, Jaques Wagner (PT-BA); e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. De acordo com os participantes, ainda não houve definição do novo desenho do governo.

Um dos três nomes do PSD na Esplanada, Alexandre Silveira tem sido alvo de críticas na Câmara. Parlamentares afirmam que não conseguem agenda com o ministro e que Silveira se empenha mais em se fortalecer eleitoralmente do que atender ao Legislativo.

Em junho, por exemplo, o ministro participou da entrega de 53 carros para a Polícia Militar de Minas Gerais, seu reduto eleitoral. O argumento para a presença dele foi de que as viaturas eram elétricas.

Em paralelo à pressão sofrida, Alexandre Silveira, que é ex-senador, promoveu um aumento discreto no tempo dedicado ao Congresso.

O ministro teve quatro encontros com parlamentares em agosto, de acordo com sua agenda oficial. Em julho, há o registro de apenas uma reunião. Apesar da pressão e das críticas contra, a saída de Silveira do primeiro escalão é vista como uma possibilidade remota, já que ele é considerado da “cota” do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Recentemente, por exemplo, Silveira chamou a primeira-dama Rosângela da Silva, Janja, para ser madrinha do programa Luz Para Todos.

No Congresso, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), decidiu criar uma comissão especial para tratar sobre o marco regulatório do setor elétrico, duas semanas após o chefe da pasta de Minas e Energia afirmar que o governo pretendia enviar um novo projeto relacionado ao tema.

O gesto foi visto como um recado político ao ministro, que enfrenta um novo desgaste com o apagão que 25 estados mais o Distrito Federal, exceto Roraima.

À frente da Agricultura, o ministro Carlos Fávaro (PSD) também tem sido alvo de pressão. Parte dos integrantes do Congresso defende colocar a pasta nas negociações da reforma.

Para se manter na Esplanada, Fávaro aposta nas boas relações com a bancada ruralista, que reúne 324 deputados e 50 senadores, congressistas com os quais ele tem intensificado as articulações.

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https://www.osul.com.br/ministros-afagam-lula-articulam-com-colegas-e-liberam-emendas-para-tentar-escapar-da-reforma/ Ministros afagam Lula, articulam com colegas e liberam emendas para tentar escapar da reforma ministerial 2023-08-16
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