Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de agosto de 2023
O grupo foi dissolvido depois de uma tentativa de um golpe na Rússia.
Foto: ReproduçãoA Rússia afirma que dez pessoas morreram depois que um jato executivo teve um acidente na região de Tver, no Norte de Moscou, nesta quarta-feira (23). As informações são da agência Tass, que é ligada ao governo.
O líder do Grupo Wagner, Evgeny Prigozhin, está entre os mortos, ainda de acordo com a Tass. Segundo a Reuters, o canal do Telegram Grey Zone, afiliado aos mercenários, confirmou a morte de sua liderança. A mesma informação foi repassada pela Autoridade Russa de Aviação Civil.
A aeronave é fabricada pela Embraer, e fazia um voo de Moscou a São Petesburgo. Havia sete passageiros e três funcionários. A agência Tass afirmou que o nome de Evgeny Prigozhin estava na lista de passageiros – a informação foi atribuída à agência de avião civil russa.
Prigozhin era o líder do Grupo Wagner, um exército de mercenários que foi empregado em diversas guerras, inclusive na atual invasão do território ucraniano pela Rússia. O grupo foi dissolvido depois de uma tentativa de um golpe na Rússia.
Restos mortais das dez pessoas foram resgatados no local da queda, conforme informações da agência de notícias Interfax, que atribui a informação aos Serviços de Emergências do país. Ainda não se sabe o que causou a queda da aeronave.
De acordo com a Autoridade Russa de Aviação Civil, estavam no voo que caiu na região de Moscou:
Yevgeny Prigozhin
Dmitry Utkin (comandante do grupo paramilitar)
Sergey Propustin
Yevgeny Makaryan
Aleksandr Totmin
Valeriy Chekalov
Nikolay Matuseev
Aleksei Levshin (comandante)
Rustam Karimov (copiloto)
Kristina Raspopova (comissária de bordo)
O que é o grupo?
O Grupo Wagner foi fundado em 2014 e é composto por mercenários. Eles eram ex-soldados de elite altamente qualificados chefiados por Yevgeny Prigozhin, oligarca ligado ao Kremlin.
Acredita-se que Prigozhin expandiu o Wagner, recrutando prisioneiros, civis russos e estrangeiros. Segundo estimativas, o grupo pode ter mais de 20 mil soldados lutando na Ucrânia. Por ter ligação com o Kremlin, o grupo esteve envolvido em uma ampla gama de tarefas em conflitos e guerras civis.
Uma das primeiras missões do Grupo Wagner realizou foi na península da Crimeia, quando mercenários com uniformes sem identificação ajudaram forças separatistas apoiadas pela Rússia a tomar a região. A empresa paramilitar chegou a ser alvo de sanções dos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia (UE).
Em fevereiro de 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, o governo Putin usou os mercenários no conflito. Contudo, contou cada vez mais com eles em batalhas importantes, como nas cidades de Bakhmut.
O Grupo Wagner já atuou na África para aumentar a segurança para mineradoras russas. Também há conhecimento sobre a presença de combatentes do Grupo Wagner na Síria.