Segunda-feira, 10 de março de 2025
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2015
Com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ameaçando deflagrar processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff caso o PT não ajude a salvar o mandato dele, os petistas, que vinham sinalizando votar contra Cunha, discutem a possibilidade de, “em nome da governabilidade”, rever a posição e votar para enterrar o processo de cassação.
A ameaça de Cunha de dar seguimento ao impeachment foi feita em almoço com o vice-presidente, Michel Temer, quando ele disse que iria esperar o comportamento dos três deputados petistas no Conselho de Ética para só então decidir o que fará com os pedidos de impeachment. Segundo interlocutores de Cunha, ele não descarta a possibilidade de acatar um pedido de impedimento da presidenta se os petistas votarem contra ele.
Temer, por sua vez, afirmou que “evitou a história de impeachment” no almoço. Cunha também nega ter discutido o tema. Em conversas reservadas, o presidente da Câmara acusou o Planalto de estar por trás da acusação de que ele teria recebido 45 milhões de reais do BTG Pactual para incluir mudança em uma medida provisória. Voltou a dizer que foi tudo “armação”.
O placar no Conselho de Ética, que se reúne nesta terça-feira (01), tem grande chance de ser apertado. Caberá aos 21 integrantes do colegiado dizer se há ou não indícios mínimos para prosseguir com o processo contra o peemedebista. (Folhapress)