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Curiosidades Vivi para contar: “Sinto alívio”, diz Cissa Guimarães após decisão da Justiça pela prisão de envolvidos na morte do filho

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Rafael Mascarenhas foi vítima de um atropelamento em julho de 2010, no Rio de Janeiro. (Foto: Reprodução)

Em julho de 2010, a vida de Cissa Guimarães mudou para sempre. Uma ligação de telefone informando um acidente envolvendo o filho, Rafael Mascarenhas, de 18 anos, transformou os treze anos seguintes do dia a dia da atriz e de toda a sua família. O rapaz foi atropelado no dia 20 no Túnel Acústico – que hoje leva o nome do jovem – e não resistiu. Desde então, Cissa luta para honrar a memória do filho.

Uma decisão da Justiça determinou, neste mês, que os dois réus pelo crime podem passar a cumprir pena de prisão em regime semiaberto. A partir de 2015, os advogados de Rafael Bussamra e do pai dele, Roberto Bussamra, foram até o Supremo Tribunal Federal (STF) para evitar a prisão, mas os recursos se esgotaram, e eles podem voltar para a cadeia – onde não ficaram nem sequer uma semana quando foram condenados. Agora, a apresentadora revela estar ansiosa para a expedição do mandado de prisão. Leia o depoimento de Cissa ao jornal O Globo.

– Sensação de alívio: “Hoje, eu digo que sou uma mulher amputada, porque o meu coração anda de muletas. É uma dor que eu nunca vou superar. No entanto, com essa decisão da Justiça, eu me sinto aliviada. A impunidade está sendo revista depois de treze anos. Agora, a gente está esperando que o mandado de prisão seja expedido. É uma vitória para todos nós, apesar de que nada vai trazer o meu filho de volta. Porém, a impunidade dói muito, então essa conquista me traz um alívio. Não é felicidade e nem comemoração, sinto somente o alívio de que a justiça está sendo feita e que o caso do meu filho vai servir de exemplo para que todos saibam que não dá para cometer um crime desse e ficar ileso.

“Em nenhum momento essa família do rapaz que atropelou o meu filho teve a compaixão de me telefonar. A mãe dele nunca me procurou. É um absurdo esses pais que educaram o filho para largar um rapaz quase morrendo na rua. Esse tipo de gente é uma vergonha. Além da dor de não ter mais o meu filho, de não ver os netos que eu teria, da minha família sendo ceifada, ainda tive que ver os responsáveis por tudo isso curtindo a vida. Foram treze anos da maior dor do mundo que uma mãe pode sentir. Eu ainda lidei com a injustiça, porque eles não prestaram socorro, ocultaram provas, agiram com corrupção, e nada acontecia. Isso é recorrente no Brasil e essa minha luta serve para todos nós.

“Eu espero que a gente consiga essa vitória. É uma pena pequena, três anos em regime semiaberto, mas mesmo assim é uma pena. Estamos ansiosos pois queremos que os dois sejam logo intimados e presos. Tenho certeza que isso vai acontecer e eu poderei ficar aliviada por honrar a memória do meu filho. Quando eles foram presos na primeira vez, eles não ficaram nem uma semana na cadeia. Eu fiquei muito decepcionada, sofri muito, mas continuei lutando. Meu advogado, Técio Lins e Silva, foi essencial e esteve a todo tempo do meu lado. No momento em que eu vi os dois saindo da prisão, eu fiquei muito frustrada, mas nada me tirou a força para continuar acreditando.

– Lembrança do dia: “No dia do acidente, eu lembro que estava com o meu filho em casa e ele saiu para ensaiar para um show. O Rafa avisou que depois iria andar de skate. Como de costume, ele ligou para a prefeitura para perguntar se o túnel estaria fechado. Mais tarde, o amigo dele, o Luizinho, me ligou e falou sobre o acidente. Fomos direto para o túnel e a ambulância já estava lá. Os próprios amigos foram até o Hospital Miguel Couto e pediram ajuda, porque ninguém prestou socorro ao meu filho.

“O Rafa ia precisar passar por uma cirurgia que seria bem longa, então o meu outro filho, o João, me rendeu no hospital. Ao chegar em casa, o João virou para mim e disse: ‘o Rafa não aguentou, ele não está mais aqui’. Nessa hora eu fiquei louca, não consigo nem lembrar direito da minha reação, eu só saía berrando pela casa. Precisei tomar um remédio para me acalmar.

– “Morri um pouco também”: “Perder o filho é uma dor que nunca que nunca vai embora. Eu morri um pouco também e não tenho a menor esperança de ser 100% feliz. O que eu luto é para ser 75% feliz e fazer a minha vida dignamente. Quero ensinar o caráter para os meus netos para que eles nunca pensem em fazer o que fizeram com o Rafa. Eu sei a importância disso, da gente educar os nossos filhos. Se não fizermos isso, criamos monstros na sociedade que agem sem responsabilidade.

Hoje, a memória que eu guardo do meu filho é de um rapaz sorridente. Ele sorria o tempo todo, vivia na paz, era um anjo só veio aqui para espalhar amor. Ainda guardo algumas coisas dele. O Rafa era muito simples, não tinha muitas coisas, então eu fiquei apenas com a primeira guitarra dele e mais alguns itens pessoais. O que eu guardo de mais precioso é o amor dele dentro de mim.As informações são do jornal O Globo.

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