Domingo, 22 de dezembro de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
19°
Light Rain

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Economia A caderneta de poupança registrou nova saída líquida de recursos em agosto e tem perda de mais de R$ 10 bilhões

Compartilhe esta notícia:

Foram sacados R$ 331,7 bilhões e alocados R$ 321,6 bilhões na poupança. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A caderneta de poupança registrou um novo resultado negativo em agosto, com retiradas R$ 10,075 bilhões acima do valor de depósitos efetuados. Trata-se do segundo pior desempenho da aplicação para o mês na história.

De acordo com os dados publicados pelo BC (Banco Central), foram sacados R$ 331,7 bilhões e alocados R$ 321,6 bilhões na aplicação preferida dos brasileiros ao longo do mês passado.

A perda é a segunda maior apurada para o mês desde o início da série histórica, iniciada em 1995. O resultado é melhor apenas do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando as retiradas superaram as aplicações em R$ 22 bilhões.

O resultado de agosto corresponde também ao sétimo mês de saldo negativo da poupança em 2023. Até então, junho foi o único período com mais aplicações do que saques (R$ 2,6 bilhões). Com isso, a caderneta acumula perda de R$ 80,3 bilhões nos oito primeiros meses do ano.

Mesmo com a sequência de déficits desde 2021, a poupança ainda continua presente na carteira de um quarto dos brasileiros (26%), de acordo com dados do Raio X do Investidor, divulgado pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

Segundo o Banco Central, o saldo final de recursos alocados na poupança é de R$ 969,1 bilhões, valor 2,3% inferior ao apurado em agosto do ano passado (R$ 991,8 bilhões). Cabe ressaltar que junho de 2022 foi a última vez que o volume superou a marca de R$ 1 trilhão.

Perda de atratividade

A perda de recursos da poupança pode ser explicada pelo baixo retorno da aplicação diante de outros investimentos que oferecem segurança semelhante. Com a taxa básica de juros em 13,25% ao ano, a rentabilidade da caderneta equivale a 0,5% ao mês mais o pagamento da taxa referencial, o que significa um retorno médio de 6,34% ao ano.

Na prática, se aplicar R$ 1.000 na caderneta, o consumidor terá uma rentabilidade bruta estimada em menos de R$ 90 em 12 meses. No mesmo período, o ganho obtido em um título do Tesouro Direto atrelado à taxa Selic supera os R$ 130.

Mesmo com o baixo retorno, a caderneta conta com a ajuda da desaceleração da inflação nos últimos meses. Com o arrefecimento do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), as aplicações na poupança renderam 2,95% entre janeiro e junho, o maior ganho real desde 2017.

Além da rentabilidade abaixo da oferecida por outros investimentos, pesa a atual situação financeira da população, com 30% das famílias com dívidas atrasadas durante o mês de agosto, segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

tags: em foco

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Economia

Mercado financeiro aumenta as estimativas de inflação para 2023 e 2024 e prevê maior crescimento do PIB
Empresas aéreas querem incentivos a novo combustível a exemplo do que foi adotado pelo governo dos Estados Unidos
https://www.osul.com.br/a-caderneta-de-poupanca-registrou-nova-saida-liquida-de-recursos-em-agosto-e-tem-perda-de-mais-de-r-10-bilhoes/ A caderneta de poupança registrou nova saída líquida de recursos em agosto e tem perda de mais de R$ 10 bilhões 2023-09-11
Deixe seu comentário
Pode te interessar