Sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2023
Documentário disputará vaga de Melhor Filme Internacional
Foto: DivulgaçãoA Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais anunciou, nesta terça-feira (12), o filme “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho, como o representante do Brasil na disputa por uma vaga ao Oscar de melhor filme internacional no Oscar 2024.
O filme escolhido concorria com outros cinco, que haviam sido pré-selecionados pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais entre 28 longas brasileiros. Também estavam competindo por uma vaga os filmes “Estranho Caminho”, de Guto Parente; “Noites Alienígenas”, de Sergio Carvalho; “Nosso Sonho – A Historia De Claudinho E Buchecha”, de Eduardo Albergaria; “Pedágio”, de Carolina Markowicz; e “Urubus,” de Claudio Borrelli.
“Retratos Fantasmas” traz o centro da cidade do Recife como personagem principal, revisitado através dos grandes cinemas que serviram como espaços de convívio durante o século 20. Ter sido escolhido como o representante brasileiro ao Oscar não significa que o filme já terá garantida uma indicação ao prêmio. Cada país indica um filme como seu representante para a disputa.
O Oscar analisa essas indicações e faz uma pré-seleção, que será anunciada no dia 21 de dezembro. O anúncio oficial dos filmes que, de fato, vão concorrer ao principal prêmio do cinema mundial será feita no dia 23 de janeiro de 2024. Já a cerimônia que premia os melhores filmes do ano está marcada para acontecer no dia 10 de março de 2024.
O último filme brasileiro a ganhar uma indicação ao Oscar de melhor filme estrangeiro foi “Central do Brasil”, de Walter Salles. No entanto, o último filme brasileiro a ser indicado ao Oscar, mas na categoria de melhor documentário em longa metragem, foi “Democracia em Vertigem”, de Petra Costa, que concorreu em 2020.
O primeiro filme brasileiro a concorrer na categoria de melhor filme estrangeiro foi “O Pagador de Promessas”, de Anselmo Duarte, que já havia conquistado a Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 1963. Antes disso, “Orfeu negro”, dirigido pelo francês Marcel Camus e baseada na peça Orfeu da Conceição, do poeta brasileiro Vinícius de Moraes, concorreu e venceu a categoria de melhor filme estrangeiro em 1960. No entanto, a aclamada co-produção franco-ítalo-brasileira premiou apenas a França, representante oficial do longa, apesar de quase todos os atores e locações serem brasileiros.
Depois vieram “O Quatrilho”, de Fábio Barreto (1996); “O Que É Isso, Companheiro?”, de Bruno Barreto (1998); e “Central do Brasil”, de Walter Salles (1999). Nenhum deles foi premiado. O Brasil também obteve diversas indicações ao Oscar por outras categorias como animação, canção, atriz, direção, fotografia e roteiro adaptado, entre outros. Mas o mais famoso prêmio do cinema mundial nunca escolheu o Brasil como vencedor.