Quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Somos vítimas ou culpados? Ou somos as duas coisas? O homem, na sua ânsia patrimonialista, se transformou num instrumento de calcular.
Tudo o que lhe vier a possibilitar que, mesmo agredindo a natureza, lhe viabilizar um acréscimo de ganhos, ele acreditará que está na faixa de um chamamento que é quase vocação, num rol de aproveitar a oportunidade.
O que se ouve da lição espalhada mundo afora é que não importa se não sabemos bem (apenas, irresponsavelmente, supomos) o risco que é, ante uma análise correta, se evidenciar – isto é, desviar o curso de um rio, queimar criminosamente a floresta e destruir os bens espontâneos que ela produz, e por si ela manteria, não é levado em conta.
Há “deuses” destruidores que oferecem o seu saber para projetar a mudança do milenar que Alguém criou com precisão e fixou no espaço por milênios favorecendo os homens fraternalmente associados à Mãe Natureza a formarem a sociedade dita inteligente do “ganha ganha”.
Acontece que nós, humanos, o máximo que fazemos é construir o foguete que “permite ver Marte” (obra da criação) de perto, chegando só agora pelo lado sul.
Até para nos embriagarmos do sentimento valioso do amor nos apropriamos na iluminura prateada pela lua e, submissos a ela, cantamos nossas paixões.
Mas não basta desfrutar o que ganhamos com o presente da Criação. Será que não desconfiamos dos pecados que cometemos? Será que o acesso incontido do rio Taquari (por exemplo) não é decorrência da ousadia oportunista – digamos do risco – que nos levou, sem pensar no dano impiedoso que causaríamos no homem temente a Deus, geralmente mais penalizado ou mais carente, ao caos?
Será que ao morrerem cerca de 3 mil pessoas em Marrakesh (Marrocos), uma extraordinária reserva cultural da humanidade – e onde as areias brancas dos berberes passeiam seus potros –, não deixam sabiamente modificar o que o Atemporal criou?
Será que os drones que vieram com a carteira de identidade de úteis e agora bombardeiam e matam, não terão de pagar a taxa de destruição?
Será que começamos a ver que, iniciando pelo volume, fomos nos aperfeiçoando (entre nós, mostramos o quanto nos destruímos), cada vez mais desesperados e enlouquecidos, a parecer o que queremos mesmo é matar Deus e destruir o que Ele fez, inclusive boa parte da espécie humana?
Tivemos de popularizar universalmente um termo para definir o ataque das águas incontidas, volumosas, terra dentro, matando cerca de 40 mil pessoas na Indonésia. Foi o batizado do tsunami e é uma das vinganças que a natureza, como reação ao desrespeito doloso com que é tratada, vai subindo o sarrafo da penalidade.
Enfim, como os homens se ameaçam com as bombas atômicas que constroem, e se realmente – que tal não ocorra – criminosamente deflagrarem a 3ª Guerra Mundial, certamente, também, por vício e mau caráter, participarão da 4ª Guerra, que Einstein, conhecendo bem do que é capaz a incapaz espécie humana, garante que será travada com pedras e paus.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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