Segunda-feira, 16 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2015
O filho do ex-premier italiano Silvio Berlusconi está sendo investigado pela Procuradoria de Roma, na Itália, em um processo sobre o casal Francesca Immacolata Chaouqui e Corrado Lanino, envolvidos no recente escândalo de fuga de documentos secretos do Vaticano. De acordo com fontes locais, Paolo Berlusconi é suspeito de concussão (abuso de poder) devido a correspondências apreendidas pelas autoridades sobre a venda do castelo de San Girolamo, em Narni.
Apoio ao ex-premier e seu filho no Vaticano.
O jornal Corriere della Sera publicou uma matéria sobre a relação de Paolo com Chaouqui, ex-membro da Cosea (Comissão de Estudos sobre as Atividades Econômicas da Santa Sé), criada pelo papa Francisco em 2013 para monitorar as contas vaticanas, mas já dissolvida. De acordo com a reportagem, Chaouqui praticava concussão e tráfico de influência, prometendo seu apoio dentro do Vaticano em temas relacionados ao ex-premier e ao seu filho.
Em nota, o advogado de Berlusconi, Niccolò Ghedini, negou que Chaouqui e o ex-premier tivessem algum tipo de relação de amizade ou profissional. “O ex-premier nunca teve contato com a senhora Francesca Chaoqui”, escreveu. “O doutor Berlusconi ocasionalmente conheceu Chaoqui, em situações normais, e não houve nenhuma relação com os acontecimentos citados pela imprensa”, destacou o representante legal.
Vazamento de documentos.
No início de novembro, o Vaticano revelou em nota que havia prendido o monsenhor espanhol Lucio Angel Vallejo Balda, membro da Opus Dei e que já foi secretário da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé, e Francesca por terem subtraído e vazado documentos sigilosos. A mulher, no entanto, foi liberada posteriormente. O vazamento de documentos deu origem a dois livros: “Via Crucis” e “Avarizia”, que denunciam escândalos na Santa Sé.