Quinta-feira, 16 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2015
Imagina a cena: os abençoados e lindos Brad Pitt e Angelina Jolie juntos numa pequena cidade do litoral francês, hospedados num apartamento com vista para a praia e constante som das ondas, levando uma vidinha sem grandes preocupações.
A trama de “À Beira-Mar”, porém, não tem nada do paraíso que sua descrição sugere. Na verdade, a dupla interpreta um casal há anos em crise, que supostamente viaja para tentar resolver problemas como falta de comunicação, perda de libido e uma desolação típica do cotidiano. Um diálogo logo na primeira metade da história dá o tom: depois de passar um dia distante, o personagem de Pitt volta para o apartamento e diz a sua mulher que sentiu saudades, para logo ouvir da personagem de Angelina: “Não seja ridículo”.
É a própria atriz que dirige esse apocalipse do casamento que o filme. A tristeza que envolve os dois, sobretudo a mulher, apenas é levemente quebrada por um casal vizinho em lua de mel. A ideia do longa é opor a esperança no futuro com a decepção sobre o passado. É mostrar a dificuldade de envelhecer a partir das cenas dos jovens. É escancarar a tristeza num reflexo partido da felicidade.
Essas opções fazem de “À Beira-Mar” um filme extremamente esquemático – e até um pouco ridículo nas sequências em que o casal fica espiando os vizinhos pelo buraco da parede. (André Miranda/AG)
Confira o trailer do filme: