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Por Redação O Sul | 25 de setembro de 2023
Não se sabe ao certo se você irá desenvolver a doença se um dos seus pais ou ancestrais tiver sofrido de ELA.
Foto: ReproduçãoNo início de agosto, o mundo recebeu a notícia da morte do fotógrafo profissional Bryan Randall. Ele era o parceiro da atriz Sandra Bullock, que o conheceu trabalhando, enquanto ele tirava retratos em uma festa de família.
Três anos atrás, aos 54 anos de idade, ele infelizmente havia sido diagnosticado com esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, nome do jogador de baseball americano que desenvolveu a condição em 1939.
Nos últimos anos, pudemos acompanhar diversas vítimas de ELA conhecidas do público, incluindo jovens que não sofriam outros problemas de saúde. Mesmo assim, o mistério sobre as possíveis causas da esclerose lateral amiotrófica permanece sem solução.
Mas pesquisas recentes revelaram algumas indicações. Será que podemos finalmente estar a caminho de decifrar as reais causas desta devastadora condição?
ELA é uma forma de doença do neurônio motor. É uma condição dolorosa e debilitadora, que faz com que as pessoas percam gradualmente seus neurônios motores – as células que controlam os movimentos musculares voluntários. Com isso, os pacientes acabam perdendo lentamente o controle do próprio corpo.
Uma recente análise dos dados disponíveis estimou que esta condição afeta cerca de cinco em cada 100 mil pessoas nos Estados Unidos.
A doença é mais comum entre os homens e o diagnóstico ocorre, em média, perto dos 60 anos de idade. Mas ela também pode afetar pessoas significativamente mais jovens.
A maioria das pessoas vive apenas alguns anos após o diagnóstico, mas existem exceções notáveis. Uma delas foi o físico britânico Stephen Hawking, que foi diagnosticado com uma forma de doença do neurônio motor aos 21 anos de idade e morreu em 2018, com 76 anos.
Os motivos que levam as pessoas a desenvolver ELA são complexos. Para 10-15% das pessoas que sofrem da condição, a causa é familiar. Nestes casos, uma mutação em um gene específico teria sido transmitida ao longo das gerações.
Não se sabe ao certo se você irá desenvolver a doença se um dos seus pais ou ancestrais tiver sofrido de ELA, mas pode haver histórias na família das pessoas afetadas sobre uma prima ou um avô que também tiveram uma doença devastadora.
Ocorre que, quando alguém desenvolve ELA hereditária, o gene afetado nem sempre é o mesmo, ainda que as consequências sejam idênticas. E ainda há os 85-90% das pessoas que desenvolvem a forma não hereditária de ELA – para elas, identificar a causa da condição é ainda mais difícil.
Quando uma pessoa é diagnosticada com ELA e ninguém da família diz algo como “seu tio-avô teve algo parecido com isso”, o caso é considerado um evento aleatório único, ou “esporádico”.
Pesquisas recentes indicam que mutações genéticas podem ser parte das causas. Mas elas provavelmente envolvem pequenas mudanças em alguns genes diferentes e não os erros biológicos drásticos e óbvios observados na ELA familiar.