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Comportamento Lembre-se: a melhor idade é a que você tem agora

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De acordo com a ONU, uma em cada duas pessoas é etarista. (Foto: Pixabay)

“Há seis mitos sobre o envelhecimento: o primeiro é de que significa doença, um desastre; o segundo é de que somos idiotas; o terceiro, de que não fazemos sexo; o quarto, de que não temos utilidade; o quinto, de que não temos poder; o sexto, de que todos nós, velhos, nos parecemos”. A declaração é de Maggie Kuhn, fundadora do grupo Gray Panthers (Panteras Cinzentas), e assino embaixo: são todas premissas falsas. Ela morreu em 1995, mas nunca esteve tão atual, e faz uma falta danada na luta pelos direitos dos idosos.

Usei a citação porque hoje é o Dia Internacional da Pessoa Idosa e o fato de o envelhecimento ter diversas datas é um mau sinal. Significa que as necessidades dos mais velhos estão longe de serem atendidas. Em 15 de junho, foi o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU); e há também, nos Estados Unidos, o Dia da Consciência do Etarismo, em 7 de outubro. A militância contra o preconceito deveria ser de todos – afinal, a velhice é o tempo no qual os sobreviventes se encontram. Portanto, vamos a alguns fatos e conceitos:

1. De acordo com a ONU, numa escala global, um em cada dois seres humanos é etarista;
2. O preconceito impacta a qualidade de vida e pode roubar 7.5 anos de nossas vidas;
3. Há muitas formas de etarismo, e a mais insidiosa talvez seja quando é internalizado pelos idosos, que deixam de se dar valor e agem da mesma forma em relação a outros velhos;
4. O preconceito cultural é um sentimento pervasivo na sociedade que normaliza imagens e mensagens negativas sobre a velhice: em piadas, séries, filmes, músicas e novelas;
5. O etarismo benevolente infantiliza os idosos, como se eles não tivessem mais a capacidade de tomar decisões sobre sua vida;
6. O preconceito contra os mais velhos se funde e se exacerba com outros “ismos”: racismo, sexismo, capacitismo;
7. O etarismo afeta o atendimento médico a essa faixa etária: os estereótipos relacionados a “isso é coisa da velhice” têm, como consequência, dor subdiagnosticada, um leque menor de tratamentos, cuidado menos eficaz.

A lista é longa, mas há boas notícias: pessoas que têm uma relação positiva com o envelhecimento tendem a viver mais e com saúde. Não confundir otimismo com positividade forçada e tóxica, e sim de abraçar outras duas frases de Maggie Kuhn: “ouse desafiar aqueles que o intimidam e diga o que pensa, mesmo que sua voz trema”; e “a melhor idade é a que você tem agora”.

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