Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 2 de outubro de 2023
"Esse caso tem a ver com intervenção eleitoral. É um golpe", disse o ex-presidente dos EUA
Foto: DivulgaçãoO julgamento de Donald Trump e de dois dos seus filhos, acusados de terem inflacionado durante anos o valor de ativos imobiliários, começou nesta segunda-feira (2) em Nova York (EUA).
A sessão desta segunda é o pontapé inicial para uma maratona na Justiça que o ex-presidente norte-americano deve enfrentar até o ano que vem. Esse é um dos quatro casos nos quais Trump, favorito entre os republicanos para as eleições presidenciais de 2024, é réu atualmente nos Estados Unidos.
Na entrada do tribunal, ele acusou o juiz e o promotor do caso de intervenção eleitoral. “Esse caso tem a ver com intervenção eleitoral. É um golpe”, disse durante um discurso de cerca de dez minutos a repórteres. “Todo esse caso é uma farsa!”, escreveu o ex-presidente na plataforma Truth Social, na noite de domingo (1º).
Embora não possa ser condenado à prisão por essa acusação, o julgamento será um prelúdio de uma série de processos judiciais que poderão prejudicar a sua campanha pela indicação republicana.
Ele já foi convocado para outras sessões judicias. Trump deverá comparecer ao tribunal federal de Washington em 4 de março de 2024 para responder às acusações de tentativa de reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020, vencidas por Joe Biden. Em seguida, o ex-presidente comparecerá novamente ao tribunal em Nova York por fraude contábil. Depois, irá à Flórida para responder em um caso de suposta gestão negligente de documentos confidenciais após deixar a presidência.
O julgamento que começou nesta segunda ganhou mais importância na semana passada, depois que o juiz Arthur Engoron, que preside a sessão, decidiu que a “fraude contínua” foi comprovada.
Engorou afirmou também que o gabinete da Procuradoria-Geral do Estado de Nova York já tinha provado que Trump e os diretores do seu grupo haviam “supervalorizado” os seus ativos entre US$ 812 milhões e US$ 2,2 bilhões de 2014 a 2021.
O juiz ordenou a revogação das licenças comerciais no Estado de Nova York de Trump e de seus filhos Eric Trump e Donald Trump Jr., vice-presidentes executivos da Trump Organization, além do confisco das empresas que são alvo do processo, que serão confiadas aos liquidatários.