Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2023
Após registrar resultados negativos nos meses de maio, junho e julho de 2023, o Rio Grande do Sul fechou agosto com um saldo positivo de 2.561 novos empregos com carteira assinada. O número resulta da diferença entre 123.106 admissões e 120.545 desligamentos, conforme estatística do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Com isso, o Estado acumula nos oito primeiros meses deste ano uma abertura de 53.008 postos formais. O governo federal atribui o desempenho aos saldos em janeiro, fevereiro, março e abril, que considera “ótimos”.
Porto Alegre foi o município gaúcho que mais abriu vagas: 1.479 novos. Na sequência, aparecem Canoas (1.124), Caxias do Sul (787), Novo Hamburgo (709) e Soledade (277).
Em agosto, o Rio Grande do Sul apresentou desempenho positivo em quatro dos cinco grandes grupos econômicos analisados. O principal destaque foi o setor de Serviços, com saldo de 5.168 postos de trabalho criados no oitavo mês. Depois estão o Comércio (957), Construção (651) e Agropecuária (411). Apenas a Indústria registrou queda (-4.626), mas mantendo um estoque de 728,3 mil vagas.
Em toda Região Sul, foram registrados em agosto 22.831 novos postos formais de trabalho, fruto de 415.160 admissões e 392.329 desligamentos. Todos os três Estados da região apresentaram saldo positivo no período. O Paraná ocupa o primeiro lugar, com 13.568 novos empregos formais. Já em Santa Catarina, o saldo foi de 6.702 novos postos.
Desempenho nacional
Considerando-se o desempenho do País como um todo, agosto terminou com 220.844 novas vagas de emprego com carteira assinada. No acumulado do ano, o Brasil tem um saldo positivo de 1,38 milhão de vagas. O saldo do mês foi reflexo de 2.099.211 admissões contra 1.878.367 desligamentos.
O estoque nacional de empregos formais chegou a 43,8 milhões de postos no mês, uma variação de 0,51% em relação ao mês anterior e também o maior valor já registrado na série histórica iniciada pelo Caged em junho de 2002.
Na avaliação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a expectativa é de crescimento. “Até o fim do ano, o Brasil deve gerar cerca de 2 milhões de empregos formais”. No ano, as admissões alcançaram 15.937.956 postos, sendo desligados 14.549.894 trabalhadores.
O setor de serviços foi o maior gerador de empregos em agosto, chegando a 114.439 postos gerados no mês e 771.130 vagas no ano. O setor do Comércio gerou em agosto 41.843 empregos, a indústria 31.086, a Construção 28.359 e a Agropecuária 5.126. No ano, a Construção Civil ficou em 2ª lugar (222.925 postos gerados), seguido da Indústria (187.573), Agropecuária (105.422) e Comércio (101.032).
Dentre os estados, todos tiveram variação positiva do emprego no mês, com destaque para São Paulo, que teve o melhor desempenho, gerando 65.462 postos no mês, seguido do Rio de Janeiro (18.992) e Pernambuco (15.566).
O cadastro também demonstra pequeno crescimento nos salários de admissão e de desligamento, que chegou a R$ 2.037,90 e a R$ 2.121,90 em agosto, respectivamente. O saldo por sexo registra que foram 128.405 vagas geradas para homens e 92.439 para mulheres.
A maior geração ocorreu na faixa etária de 18 a 24 anos (124.669) e em relação a raça ou cor, a maior parte das vagas geradas foram para pardos (130.917), brancos (56.099) e negros (20.738).
(Marcello Campos)
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