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Economia Taxas do Tesouro Selic atingem o menor patamar no ano; saiba se vale a pena comprar

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Tanto nos papéis prefixados quanto naqueles pós-fixados, quanto maior a taxa, menor o preço. (Foto: Freepik)

Quem acompanha o mercado de títulos públicos notou que os juros oferecidos pelo Tesouro Selic entraram numa trajetória de queda acentuada nos últimos dias, atingindo o menor patamar do ano. Os papéis com vencimentos em 2026 e 2029 encerraram a sessão dessa sexta-feira (4) oferecendo 0,0246% e 0,1450%, respectivamente.

Mas o que aconteceu para que as taxas do Tesouro Selic despencassem em outubro? Os analistas explicam que houve uma movimentação diferente do que vinha acontecendo na oferta e demanda dos papéis.

O pico dos ativos aconteceu em maio, quando ofereceram 0,12% (2026) e 0,22% (2029), refletindo a expectativa do mercado de que a queda de juros começaria em breve. “Isso pode ser interpretado como uma queda na demanda desses títulos, já que na ocasião os investidores (em tese) preferiam prefixados ao invés de pós-fixados. Agora, vejo um pouco da situação inversa: o mercado nas últimas semanas elevou a sua expectativa de trajetória para a Selic, o que influencia na demanda dos títulos Tesouro Selic, que subiu”, explica o chefe de renda fixa na Suno Research, Vinicius Romano.

O exterior também influenciou os papéis. A resiliência da atividade e do mercado de trabalho dos Estados Unidos, aliados ao discurso mais duro do Fed (o Federal Reserve, banco central americano) com relação à política monetária, sinalizando que os juros por lá devem permanecer mais altos por mais tempo, impulsionaram os juros dos títulos públicos americanos, refletindo na curva de juros do Brasil e fazendo com que o investidor evite ativos de risco.

“Olhando para frente, eu continuo vendo o cenário externo desafiador e ele deve trazer volatilidade nos juros. Nesse ambiente, os investidores devem continuar demandando o Tesouro Selic, fazendo com que o prêmio continue caindo. Mas, para quem tem um maior apetite, pode ser uma boa oportunidade de travar taxas mais altas tanto pré-fixadas, quanto de juro real”, recomenda Daniel Leal, estrategista de renda fixa da BGC Liquidez.

O Tesouro Selic possui dois componentes que afetam diretamente a rentabilidade: a própria taxa Selic, que atualiza diariamente o valor do título; e as taxas de ágio e deságio, que é acrescentado à variação diária da taxa Selic.

Vale lembrar que tanto nos papéis prefixados quanto naqueles pós-fixados, quanto maior a taxa, menor o preço. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento —, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem já possui os títulos na carteira.

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