Quinta-feira, 30 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de outubro de 2023
O governo de Israel divulgou imagens explícitas que mostram corpos de bebês e crianças mortos e carbonizados após ataque do grupo fundamentalista islâmico Hamas. Em uma publicação na rede social X (antigo Twitter), a conta oficial do governo israelense compartilhou três fotos com um aviso de gatilho e voltou a condenar quem apoia o Hamas.
“Aqueles que negam estes acontecimentos estão a apoiar os animais bárbaros que são responsáveis por eles. Bebês. Crianças. Bebês”, diz a legenda. Além disso, o gabinete de Netanyahu afirmou que estas são “imagens horríveis de bebês assassinados e queimados pelos monstros do Hamas”.
“O Hamas é desumano. O Hamas é o ISIS”, acrescentou, comparando o grupo palestino com os jihadistas do Estado Islâmico (EI), conhecido pela brutalidade de seus vídeos de execução de civis.
As fotografias também foram reveladas para o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e a ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na tentativa de comovê-los e buscar apoio na guerra.
As imagens vêm à tona após rumores de que 40 bebês teriam sido decapitados pelo Hamas depois de uma invasão ao kibutz de Kfar Aza, a menos de 3 quilômetros de Gaza. Apesar de o Ministério da Defesa de Israel ter confirmado a informação, o Hamas divulgou um comunicado no qual nega ter decapitado os menores.
Um funcionário do governo dos EUA esclareceu posteriormente os comentários de Biden, dizendo à CNN que nem Biden, nem seus assessores viram fotos ou receberam relatos confirmados de crianças ou bebês decapitados pelo Hamas. O responsável esclareceu que Biden se referia a comentários públicos de meios de comunicação e autoridades israelitas.
Um porta-voz das FDI, Jonathan Conricus, informou mais tarde naquele dia que os terroristas provavelmente realizaram decapitações de bebês no kibutz de Be’eri.
“Recebemos relatos muito, muito perturbadores, vindos do local, de que havia bebês que tinham sido decapitados. Penso que agora podemos dizer com relativa confiança que, infelizmente, foi isso que aconteceu em Be’eri”, disse ele.
As autoridades israelenses inicialmente evitaram discutir os detalhes de como os seus cidadãos foram mortos. Em vez disso, compararam a brutalidade do Hamas à do Estado Islâmico, o grupo terrorista sunita que decapitou e queimou prisioneiros vivos.
Entretanto, o Hamas negou, as acusações. Izzat al-Risheq, um alto funcionário e porta-voz do grupo radical islâmico, disse que a mídia internacional “espalhou mentiras sobre o nosso povo palestino e a resistência, alegando que membros da resistência palestina decapitaram crianças e atacaram mulheres sem nenhuma evidência para apoiar tais afirmações e mentiras”.