Segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 22 de outubro de 2023
Uma câmera de segurança registrou o momento da agressão.
Foto: ReproduçãoO homem que agrediu em São Paulo a advogada Caroline Zanin Martins, irmã do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, foi indiciado pela Polícia Civil pelos crimes de lesão corporal dolosa e maus-tratos a animais. Uma câmera de segurança registrou o incidente, no dia 16: nas imagens, é possível ver Caroline parada com seus dois cães em frente a um prédio, quando um homem passa e desfere pontapés nela e nos animais.
Rogério Cardoso Júnior, 64 anos, prestou depoimento na última sexta-feira (20). Alegação: os chutes foram dados para se defender após ser atacado pelos “pets”.
Na última semana, Caroline também deu sua versão à polícia. Ela reconheceu Rogério, por meio de fotografia, como o autor do ataque. A manteve a denúncia para instauração de inquérito.
O laudo de lesão corporal do Instituto Médico Legal (IML) constatou que havia escoriação de natureza leve na região lateral da perna direita da advogada. O laudo veterinário também apontou que um dos animais de Caroline, da raça Welsh Corgis, sofreu lesão na pata, unha e sangramento.
Após depoimento de Rogério e Caroline, além dos laudos periciais, o relatório final do inquérito policial foi concluído. No documento, o delegado responsável aponta:
“Diante dos elementos colhidos, não há dúvida de que Rogério desferiu intencionalmente golpes de chutes contra os animais, além de feri-los, assumiu o risco de também atingir com chutes a tutora e vítima, Caroline Zanin Martins, causando-lhe lesões corporais”.
Com isso, a polícia determinou pelo indiciamento por maus-tratos a animais na conduta ferir e lesão corporal dolosa.
Versão
Em depoimento, o homem disse à polícia que mora no bairro Perdizes, local em que ocorreu a agressão, há cerca de 17 anos e que na segunda-feira (16), ao retornar da academia a pé, se deparou com os cachorros de Caroline.
Disse que os animais foram agressivos e o atacaram, chegando a morder seu short e puxando a roupa para baixo. Alegou que a advogada não segurou a guia dos animais e seguiu caminhando, quando, ao chegar perto do prédio, os cachorros tentaram o atacar novamente, momento que deu chutes para se defender e afastá-los.
Rogério afirmou ainda à polícia que não teve intenção de lesionar a advogada e os cachorros, e que não acertou os chutes. Ele também alegou que não conhece Caroline e não sabia que era irmão do ministro do Supremo.