Quinta-feira, 23 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de outubro de 2023
Para ser adotada, uma resolução exige a aprovação de pelo menos nove dos 15 membros do Conselho
Foto: Juan Seguí Moreno/FlickrO Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou nesta quarta-feira (25) as propostas da Rússia e dos Estados Unidos para o conflito entre Israel e Hamas. Para ser adotada, uma resolução exige a aprovação de pelo menos nove dos 15 membros do Conselho e sem veto de nenhum dos cinco membros permanentes (Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China).
Resolução dos EUA
A resolução norte-americana foi vetada pela China e pela Rússia, que criticaram a falta de um pedido por cessar-fogo no texto. O rascunho dos EUA falava apenas em “pausas humanitárias” para o acesso de insumos básicos, como água, alimentos, combustíveis e medicamentos, à população civil na Faixa de Gaza.
Antes da votação, a representante dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que o documento era “forte e equilibrado” e que tinham se engajado em dialogar com todos os membros do Conselho para modificações no texto.
Como os países votaram:
A favor: 10 (Albânia, França, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Suíça, Reino Unido, EUA);
Contra: 3 (Rússia, China, Emirados Árabes Unidos);
Abstenções: 2 (Brasil, Moçambique).
Resolução da Rússia
A resolução russa não obteve o número mínimo de votos necessários (9) para ser aprovada. O texto teria sido vetado de qualquer forma, pois os EUA, que é um membro permanente do grupo, votaram contra a proposta.
Segundo a AFP, a nova resolução russa volta a pedir “o estabelecimento imediato de um cessar-fogo humanitário duradouro e plenamente respeitado” e condena “toda a violência e hostilidades contra civis”. Diferentemente do texto que recebeu votos de apenas cinco países na semana passada, a nova proposta menciona especificamente o Hamas e “condena os abomináveis ataques” do grupo em Israel, em 7 de outubro.
Como votaram os países:
A favor: 4 (China, Gabão, Rússia, Emirados Árabes Unidos);
Contra: 2 (Reino Unido, EUA);
Abstenções: 9 (Albânia, Brasil, Equador, França, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça).
“Lamentamos o fato de o Conselho de Segurança não ter correspondido às esperanças depositadas nele”, disse Vasily Nebenzya, representante permanente da Rússia nas Nações Unidas.
Na Assembleia-Geral, resoluções sobre guerra e paz são aprovadas por dois terços dos votos. Todas as resoluções são recomendações e não tem cumprimento obrigatório por parte das nações citadas.