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Saúde Viver em ruas com tráfego intenso de veículos aumenta o risco de desenvolver Alzheimer

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Pesquisa realizada na China e Reino Unido acompanhou mais de 460 mil pessoas em 13 anos. (Foto: Reprodução)

Viver em ruas e vias de tráfego intenso podem ajudar a desenvolver Alzheimer e outras doenças relacionadas a demência, é o que diz um estudo realizado por pesquisadores chineses e do Reino Unido. Segundo os especialistas, os riscos estariam majoritariamente associados à poluição ocasionada pelo tráfego.

Para tais conclusões, os pesquisadores analisaram dados de 460 mil pessoas e os acompanharam por cerca de 13 anos. A partir dos casos de demência relatados no UK Biobank, foram compiladas as informações de diagnóstico dos participantes, com separação por tipos de demência.

Também foram realizadas ressonâncias magnéticas do cérebro, de modo a complementar as informações sobre as alterações estruturais do cérebro que poderiam estar relacionadas ao Alzheimer, em fase pré-sintomática.

“Pesquisas anteriores sugeriram os riscos neurológicos associados à vida perto de estradas principais, mas os mecanismos subjacentes permaneceram obscuros. Nosso estudo investiga a relação entre a proximidade residencial das principais estradas e o risco de demência, concentrando-se no papel dos poluentes relacionados ao tráfego”, afirmou Fanfan Zheng, professora da Escola de Enfermagem da Peking Union Medical College, da Academia Chinesa de Ciências Médicas, e uma das autoras do estudo.

O estudo atual não mostrou nenhuma associação entre a demência e a exposição à poluição sonora a longo prazo. A pesquisa também encontrou riscos genéticos e outros fatores significativos para demência. Segundo os investigadores, o objetivo agora é prevenir que um número significativo de casos de demência na fase pré-sintomática apareça.

Doença

O Alzheimer é um dos mais de 60 tipos de demência, que pode ser definida como uma doença degenerativa, ou seja, um processo progressivo de perda das funções cerebrais mais nobres, como memória, comportamento, linguagem, atenção, capacidade de planejamento, representando um declínio do estado geral de uma pessoa em relação a um estado anterior e influenciando seu desempenho para as atividades de vida diária (autocuidado, continência, transferências e alimentação).

É o tipo de demência mais comum, representando aproximadamente de 50 a 70% dos casos.

O cérebro de um paciente com doença de Alzheimer sofre um processo degenerativo, progressivo e irreversível, com morte de neurônios localizados principalmente em regiões específicas do cérebro, responsáveis pela memória e outras funções cognitivas.

A doença se divide em 3 fases, desde um estágio inicial, de menor dependência, até o estágio avançado, em que a dependência é total.

  • Estágio inicial

A primeira fase (leve) dura, aproximadamente, de 2 a 3 anos, com a presença de sintomas vagos difusos, instalação lenta onde a principal característica é a memória alterada. O paciente nessa fase também pode apresentar desorientação, alterações da linguagem, aprendizado, concentração e crítica comprometida.

  • Estágio intermediário

Já a segunda fase (intermediária) dura, aproximadamente, de 3 a 5 anos, também é progressiva e lenta, com maior deterioração de memória e sintomas mais pronunciados. Acompanham alterações no cálculo, julgamento, planejamento e abstração. As emoções, personalidade e comportamento social também podem ficar progressivamente alterados. Já com o avanço desta fase ocorrem alterações de postura, marcha e tônus muscular.

  • Estágio avançado

A última fase (grave) tem uma duração variável, pois existem mais recursos para o tratamento das complicações da doença (infecções, desidratação e lesões de pele) e os indivíduos podem viver muitos anos nesta fase. As funções do organismo já se encontram mais gravemente comprometidas. A fala já está prejudicada. Mais comumente se observa incontinência urinária e fecal. Podem aparecer sintomas e sinais neurológicos grosseiros: rigidez, convulsões, tremores e movimentos involuntários. Esta fase evolui até o estado total vegetativo, culminando com a morte.

Sintomas

No estágio inicial, os principais sintomas do Alzheimer são:

  • Memória alterada;
  • Desorientação;
  • Alterações da linguagem, aprendizado e concentração;
  • Crítica comprometida.

No estágio intermediário, os sintomas incluem:

  • Maior deterioração de memória;
  • Alterações no cálculo, julgamento, planejamento e abstração;
  • Alterações nas emoções, personalidade e comportamento social;
  • Alterações de postura, marcha e tônus muscular.

Já no estágio avançado, as funções do organismo se encontram mais gravemente comprometidas. Os sintomas principais são:

  • Incontinência urinária e fecal;
  • Sinais neurológicos graves, como rigidez, convulsões, tremores e movimentos involuntários.
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https://www.osul.com.br/viver-em-ruas-com-trafego-intenso-de-veiculos-aumenta-o-risco-de-desenvolver-alzheimer/ Viver em ruas com tráfego intenso de veículos aumenta o risco de desenvolver Alzheimer 2023-10-27
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