Quarta-feira, 23 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 1 de novembro de 2023
Segundo o MP, o assassinato foi motivado por interesses financeiros
Foto: MP/DivulgaçãoApós quase dois dias de julgamento, o Tribunal do Júri de Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, condenou, na noite de terça-feira (31), Adriana Guinthner pela morte do seu ex-marido, o escrivão judicial Paulo César Ruschel.
Depois do veredito dos jurados, a juíza Anna Alice da Rosa Schuh determinou que a ré cumpra pena de 15 anos e nove meses de prisão em regime inicial fechado pela prática de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima). Adriana, que respondia ao processo em liberdade, teve a prisão decretada pela magistrada.
A sessão do júri começou na segunda-feira (30). No primeiro dia dos trabalhos, foram tomados os depoimentos de dez testemunhas: cinco de defesa e cinco de acusação. Dois peritos passaram pelo procedimento de acareação.
Na manhã de terça, na retomada do julgamento, a ré foi interrogada em plenário por cerca de duas horas e também passou por acareação com uma testemunha. Os procedimentos foram seguidos das manifestações da acusação e da defesa, da reunião dos jurados e da leitura da sentença. Atuaram pelo MP (Ministério Público) os promotores de Justiça Robson Jonas Barreiro e Eugênio Paes Amorim.
Caso
O crime aconteceu na madrugada do dia 22 de outubro de 2006, no bairro Pátria Nova, em Novo Hamburgo. Conforme a denúncia do MP, Adriana Guinthner planejou previamente o homicídio, ocorrido na residência onde o casal morava. O homem foi morto com dois tiros na cabeça e um no tórax enquanto dormia.
O assassinato foi motivado por interesses financeiros, segundo o MP. A intenção da ré seria ficar com os bens do escrivão e uma pensão por morte. Na época, a vítima tinha 48 anos, e a ré, 36.
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