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Mundo Governo federal diz que seguirá negociando a retirada de brasileiros de Gaza após abertura de fronteira

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Na foto, grupo de brasileiros estavam abrigados em escola antes da transferência para o sul da Faixa de Gaza, onde esperam autorização para repatriação

Foto: Embaixada do Brasil na Palestina
(Foto: Embaixada do Brasil na Palestina)

O governo brasileiro informou nesta quarta-feira (01) que mantém as negociações para e retirada do grupo de 34 brasileiros e familiares próximos da Faixa da Gaza. Nesta terça-feira (31), o Egito abriu a fronteira pela primeiro desde o início da guerra, mas liberou apenas os palestinos feridos, funcionários de agências e internacionais e cidadãos estrangeiros de oito nacionalidades. Os brasileiros não estão na lista e a expectativa é de que eles possam sair até sexta-feira (03).

Em nota, o Itamaraty disse que o governo atua para saída dos brasileiros junto as autoridades do Egito, Israel, Autoridade Palestina e Catar — que tem ajudado a intermediar as negociações. “O Brasil confia que em breve serão contemplados com autorização para passagem por Rafah os 34 brasileiros”, diz o texto.

A nota segue dizendo que as negociações serão mantidas até que os brasileiros possam deixar a Faixa de Gaza. O governo informou ainda que eles seguem abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, perto da fronteira com o Egito e que os veículos contratados pelo Itamaraty continuam de prontidão para levar os brasileiros até o terminal de Rafah, de onde serão levados até o aeroporto do Cairo, onde um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) espera o grupo para repatriação.

Mais cedo, o embaixador brasileiro no Egito, Paulino Franco de Carvalho Neto, disse que a abertura da fronteira é uma “luz no fim do túnel”. E que espera receber a autorização para retirada do grupo em até dois dias.

A passagem de Rafah, é o único ponto da fronteira da Faixa Gaza que não faz fronteira com Israel. O posto, no entanto, é submetido a um controle rigoroso e foi fechado após o ataque terrorista do Hamas, que deixou mais de 1.400 mortos em Israel. Com a passagem fechada e o cerco israelense a Gaza, era impossível até então deixar o enclave, que é a palco de uma escalada da violência.

A abertura desta terça-feira, depois de um acordo um acordo entre Egito, Israel e o Hamas contemplou palestinos feridos, trabalhadores de organizações humanitárias e 450 cidadãos estrangeiros de oito países. São eles: Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca. Segundo fontes do Itamaraty, novas listas devem ser publicadas nos próximos dias e espera-se que os brasileiros possam estar nelas.

Enquanto espera liberação para retirar os brasileiros da Faixa de Gaza, o governo repatriou outros 33 brasileiros que estavam na Cisjordânia e haviam manifestado interesse em deixar o território palestino. O grupo foi levado até Jericó para cruzar a fronteira com a Jordânia, de onde embarcou com destino à Brasília.

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