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Brasil Justiça rejeita a solicitação do Exército para a prisão de seis militares acusados de furto de armas de quartel

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Ministério Público Militar também foi contrário à decretação das prisões

Foto: Divulgação
De janeiro a outubro, houve 48 desvios, o triplo do registrado em 2022 e recorde nos últimos dez anos. (Foto: Divulgação)

A Justiça Militar indeferiu a solicitação do Exército para efetuar a prisão preventiva de seis militares que estão sendo investigados por suposto envolvimento no roubo de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra localizado em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo. O andamento do inquérito está sob sigilo.

O Ministério Público Militar (MPM) também se opôs à imposição de prisões, argumentando que os indícios contra os militares não eram substanciais o bastante para justificar a adoção de medidas cautelares. A Procuradoria Militar está investigando possíveis irregularidades que ocorreram durante o período em que a tropa permaneceu confinada após a descoberta do desvio das armas em 10 de outubro. Os militares foram retidos nas instalações do quartel até 24 de outubro.

A medida é uma exceção no regulamento do Exército, no entanto, o Ministério Público está investigando se a sua aplicação foi realizada de acordo com as normas no presente caso. O crime ocorreu no início de setembro e, até o momento, 19 armas já foram recuperadas, com outras duas ainda em busca.

Na madrugada desta quarta-feira (1º), duas metralhadoras foram localizadas no bairro Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A apreensão foi efetuada pela Polícia Civil do Rio, contando com o auxílio do setor de inteligência do Exército. A expectativa dos investigadores é a de que o inquérito militar que investiga o caso seja concluído até dezembro, com o indiciamento dos suspeitos por furto, peculato, receptação e extravio.

Dos 19 militares punidos com prisão disciplinar por omissão ou negligência no caso do furto das metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo, apenas cinco continuam presos. Um terço dos militares punidos receberam penas de um a cinco dias.

Já as pessoas com mais responsabilidade receberam punições de dez a 20 dias. As penas começaram a ser cumpridas na última semana de outubro. Entre os punidos estão oficiais superiores, capitães, tenentes e subtenente que tinham responsabilidade na gerência, fiscalização e controle do armamento.

Em nota, o Exército afirmou que “considera o episódio inaceitável e seguirá realizando todos os esforços necessários para recuperação de todo o armamento no mais curto prazo e a responsabilização de todos os autores.”

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