Sábado, 11 de janeiro de 2025
Por Redação O Sul | 2 de novembro de 2023
Em uma pessoa asmática, os brônquios são anormalmente sensíveis a certos fatores ambientais.
Foto: ReproduçãoDe acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Rede Global de Asma, até 334 milhões de pessoas podem estar sofrendo de asma em todo o mundo. No Brasil, o SUS registrou 1,3 milhão de atendimentos a pacientes com asma na Atenção Primária à Saúde.
O Ministério da Saúde brasileiro estima que 23,2% da população viva com a doença, e a incidência varia de 19,8% a 24,9% entre as regiões do país. O médico Ali Baddredine, pneumologista baseado na capital senegalesa, Dakar, esclarece as causas, os sintomas e as dicas para conviver melhor com a asma.
O que é a asma?
A asma é uma doença respiratória crônica caracterizada por dificuldades respiratórias e “chiado” no peito. Ela é causada pela inflamação e contração dos músculos ao redor das vias respiratórias, tornando a respiração mais difícil. A asma não tem cura, mas pode ser controlada.
Fatores desencadeadores
Vários fatores podem desencadear ou agravar os sintomas da asma. A predisposição genética à alergia combinada com fatores ambientais externos são frequentemente gatilhos para crises da doença.
Mudanças climáticas
As pessoas que sofrem de asma estão entre as mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas, que afetam a saúde respiratória das pessoas em risco de várias maneiras. Elas influenciam a saúde das vias respiratórias, uma vez que os pulmões estão diretamente expostos ao mundo exterior e são os primeiros a enfrentar todo tipo de irritação.
Desenvolver asma
A asma afeta pessoas de todas as idades, mas é mais comum em indivíduos mais jovens. Embora fatores genéticos contribuam, a transmissão da asma dos pais para os filhos não é sistemática. Embora não exista um perfil típico de pessoas que podem desenvolver asma, algumas pessoas têm maior probabilidade de desenvolvê-la.
Asma e sinusite
A sinusite crônica está frequentemente associada à asma, mas, ao contrário da asma, que afeta os pulmões, a sinusite afeta os seios nasais. Ela está presente na maioria dos pacientes com sintomas de asma. A associação frequente de asma e sinusite se deve ao fato de que as pessoas com asma alérgica têm um risco maior de desenvolver sinusite devido à maior sensibilidade de sua mucosa respiratória.
Como tratar a asma?
É importante entender que a melhor abordagem para o tratamento da asma é a prevenção, que começa com a educação do paciente. Para evitar crises de asma, é desaconselhável para os pacientes fumarem ou frequentarem locais com fumaça, se expor a fatores que podem desencadear ou agravar a doença, e usar produtos irritantes para as vias respiratórias, como tintas, colas e produtos de limpeza.
Asma e esportes
É possível conciliar a doença com a prática regular de atividades esportivas. O esporte contribui para a aquisição de um bom condicionamento muscular e melhora o gerenciamento do estresse em pessoas com asma.
“O esporte é uma das pedras angulares do tratamento. Existem atletas e campeões que têm asma; a chave está em gerenciar bem a asma. Além disso, os medicamentos para a asma não são considerados substâncias dopantes”, observa Baddredine.
A asma pode ser fatal?
“Sim, a asma pode ser benigna, mas uma crise pode levar o paciente à morte”, aponta o pneumologista. Existem crises agudas graves de asma, que são espontaneamente graves e requerem a internação do paciente em uma unidade de terapia intensiva.
A respiração normal se torna quase impossível para o paciente. Embora as crises possam ser eficazmente controladas com medicamentos, elas são potencialmente perigosas, especialmente em pessoas vulneráveis, como crianças pequenas, idosos ou aqueles com infecções respiratórias.
Como viver bem com a asma?
Viver com a asma é um desafio, mas não é impossível, desde que algumas regras diárias sejam seguidas. Adotar um estilo de vida saudável, evitar fatores desencadeantes e seguir o tratamento adequado permite controlar a doença e levar uma vida plena e ativa, praticamente sem sintomas.