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Política A nova versão de Bolsonaro e seu entorno sobre a delação premiada do coronel Mauro Cid

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Nos maiores colégios eleitorais do País, ainda não há consenso sobre qual nome o Partido Liberal vai lançar no pleito.(Foto: Marcos Côrrea/PR)

Jair Bolsonaro e seus aliados mudaram o discurso sobre a delação premiada do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente

Quando veio à tona a homologação do acordo de Cid com a Polícia Federal (PF), Bolsonaro se recusava em acreditar que a tratativa o envolvia diretamente.

O ex-presidente, no entanto, passou a desconfiar que, de fato, era a peça central da delação, quando o conteúdo do acordo começou a ser revelado. Um deles dá conta de que Cid contou, em sua delação, que o ex-presidente se reuniu com comandantes das Forças Armadas para debater uma minuta golpista, após ser derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais do ano passado.

Dois meses depois de o ex-ajudante ter firmado seu acordo com a PF, Bolsonaro mudou a versão. Agora, passou a dizer que os fatos teriam sido “inventados” por Cid, para se “livrar” dos erros que o ex-presidente atribui ao próprio tenente-coronel.

Uma das maiores irritações do clã Bolsonaro é o fato de o militar ter preservado o conteúdo de seu telefone celular. A conduta é oposta à de Jair Bolsonaro, que não fala nada comprometedor pelo telefone.

Novo trecho

Em novo trecho da delação, divulgado nesta semana, foi dito que Bolsonaro queria esconder no Palácio da Alvorada os investigados da PF por ataques às instituições democráticas após a vitória de Lula. A informação é do colunista Aguirre Talento, do portal Uol.

Entre os alvos da PF estão os youtubers Oswaldo Eustáquio e Bismark Fugazza, que fugiram para o Paraguai quando o Superior Tribunal Federal (STF) determinou suas prisões, em dezembro de 2022. Fugazza foi preso pela polícia paraguaia em março deste ano, mas Eustáquio entrou com um pedido de refúgio e escapou da ordem de prisão.

Conforme Cid informou às autoridades, Bolsonaro teria determinado que o influenciador Eustáquio ficasse escondido na residência oficial, na tentativa de evitar que ele fosse preso.

Inclusive, um vídeo dele entrando na residência oficial em dezembro do ano passado ganhou as redes sociais na época, mas o influenciador negou que tenha tentado se refugiar no local. O ex-presidente também teria tentado abrigar Fugazza.

A defesa do ex-presidente também negou as acusações, dizendo que ele não tinha relação próxima com os investigados pelo inquérito conduzido pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes.

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