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Brasil Brasil quer ter um supercomputador de 200 milhões de reais permitindo a tomada de decisões em eventos climáticos extremos, como a passagem de um ciclone pelo Rio Grande do Sul

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O supercomputador possibilitará aos cientistas enxergar o comportamento da atmosfera com maior nitidez

Foto: Maurício Tonetto/Secom
O supercomputador possibilitará aos cientistas enxergar o comportamento da atmosfera com maior nitidez. (Foto: Maurício Tonetto/Secom)

O governo pretende adquirir, nos próximos meses, um supercomputador científico para ajudar na previsão e no monitoramento do clima e do ambiente. Moderna e atualizada, a tecnologia promete tornar as previsões meteorológicas mais rápidas e precisas, permitindo ao poder público ter mais tempo na tomada de decisões em casos de eventos climáticos extremos, como a passagem de um ciclone pelo Rio Grande do Sul ou a seca extrema que castiga a região Amazônica.

A máquina será operada pelo Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe). A sede do Cptec fica na cidade de Cachoeira Paulista, interior de São Paulo. O responsável pela compra será o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O supercomputador possibilitará aos cientistas enxergar o comportamento da atmosfera com maior nitidez e trabalhar em escalas de tempo maiores. Isso significa que ele será capaz de antecipar mais previamente a chegada de eventos. A aquisição do equipamento está vinculada ao Projeto de Renovação da Infraestrutura de Supercomputação (Risc) do Inpe.

Dentro do âmbito do Risc, o Inpe também planeja a aquisição de sistemas de armazenamento de alta densidade; a renovação de toda a infraestrutura de suporte para manter o supercomputador funcionando, como a construção de uma usina de energia elétrica fotovoltaica; e o desenvolvimento de um novo modelo matemático, batizado de Monan (sigla em inglês para Modelo de Previsão da Atmosfera, Oceano, e Superfície Terrestre), que será rodado no instrumento científico.

“O supercomputador, em si, é uma máquina densa, com muita memória, processadores e discos rígidos rápidos. E, neste caso, é voltado para rodar modelos operacionais de previsão numérica de tempo e clima”, explica Ivan Barbosa, coordenador de Infraestrutura de Dados e Supercomputação.

Atualmente, para fazer esse serviço de previsão de clima e tempo, o Inpe utiliza o Tupã, um supercomputador instalado em 2010 na sede do Cptec, que está defasado em relação aos demais centros meteorológicos do mundo.

Traduzindo em números, o Tupã possui uma capacidade de processamento de 550 teraflops (flop é a medida usada para medir o desempenho do processador de um supercomputador), enquanto a expectativa com o novo aparelho, segundo Ivan Barbosa, é que se atinja um grau de processamento de até 16 vezes essa capacidade.

O MCTI prevê gastar R$ 200 milhões para a compra do supercomputador e de toda a operação de renovação da infraestrutura para receber a tecnologia, além de recursos para apoiar a construção do software que implementa o Monan. O Inpe espera poder contar com o novo aparelho dentro de um prazo de oito meses.

A aquisição será feita por meio de processo licitatório, que ainda será aberto via edital de concorrência assim que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) liberar os recursos necessários.

De acordo com o físico Saulo Freitas, chefe da Divisão de Modelagem Numérica do Sistema Terrestre do Inpe, as especificações técnicas do supercomputador trarão maior acurácia nas previsões, agilidade para perceber a formação de fenômenos e eventos climáticos extremos. “Seremos capazes de prever com maior antecedência fenômenos de secas, ondas de calor e regime de chuvas mais torrenciais”, diz.

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