Terça-feira, 26 de novembro de 2024
Por Flavio Pereira | 6 de novembro de 2023
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
A chegada do Republicanos ao primeiro escalão do governo gaúcho vai consolidar uma maioria na Assembleia gaúcha. Essa presença no governo já vinha ocorrendo porque, embora sem cargos no primeiro escalão, o Republicanos já vem participando da gestão em algumas áreas, como na Faders (Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PcD e PcAH do RS). O deputado federal Carlos Gomes, que se licenciou da coordenação da bancada federal em Brasília, vai ocupar a Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária. Este foi o terceiro convite feito pelo governador ao Republicanos desde o seu primeiro mandato. Desta vez, o partido, com cinco deputados na Assembleia, aceitou participar do primeiro escalão. Destes cinco deputados, dois – Gustavo Victorino e Capitão Martin – se declaram independentes, mas têm votado favoravelmente à maioria dos projetos do governo, por entenderem que se tratam de temas de interesse público. Aliás, o fenômeno da presença de deputados independentes acontece também nas demais bancadas da base: outras grandes bancadas com cargos no primeiro escalão, como PP, MDB, PDT e o próprio PSDB, partido do governo, nem sempre têm entregue todos os votos das suas bancadas em votações de propostas do executivo.
Participação dos partidos da base no primeiro escalão
O primeiro escalão – secretarias de Estado – está assim distribuído entre os partidos da base do governo de Eduardo Leite:
PSDB – 5 secretarias – (5 Deputados); PMDB – 3 secretarias – (6 Deputados); PP – 3 Secretarias – (7 Deputados); Podemos – 1 Secretaria – (2 Deputados); União Brasil – 2 Secretarias – (3 Deputados); Republicanos – 1 Secretaria – (caso se confirme o convite a Carlos Gomes) – (5 deputados); PSD – 1 Secretaria – (1 Deputado); PDT – 1 Secretaria – (4 Deputados); PSB – Zero (1 Deputado); PTB – Zero – (1 Deputado).
Qualidade do ar de Manaus entre as piores do mundo. Reina silêncio
A qualidade do ar em Manaus atingiu, no final de semana, nível considerado péssimo para a população. A nuvem de fumaça vem de incêndios florestais provocados pelo desmatamento no Amazonas e no Pará, piorando a qualidade do ar nesses locais. A poluição até ultrapassou os limites da escala que mede os níveis de partículas por metro cúbico. Os incêndios, que no governo de Jair Bolsonaro eram motivo de histeria na mídia e em diversos gabinetes de instituições conhecidas em Brasília, agora são recebidos com surpreendente indiferença. Até mesmo Greta Thunberg, aquela criação do investidor George Soros, está quietinha.
Gama Filho e a história do gaúcho Ronald Levinsohn
A implosão ontem do conjunto de edifícios do complexo da antiga Universidade Gama Filho no Rio de Janeiro reaviva a memória da trajetória do seu antigo dono, o gaúcho Ronald Levinsohn, nascido em Rio Grande, e que comandou a maior caderneta de poupança do País, a Delfim, liquidada em 1980. A Gama Filho foi adquirida pelo grupo educacional carioca Galileo, formado em 2010 a partir da incorporação da Universidade Gama Filho, que na época tinha um dos mais importantes cursos de Medicina do Rio de Janeiro, com a Universidade somando 35 mil estudantes. Agora, a 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decretou a quebra de sigilo bancário e fiscal nos últimos cinco anos de quatro herdeiros do fundador da instituição, Ronald Guimarães Levinsohn, morto em 2020, aos 84 anos, e outras 18 empresas — a maioria agropecuária — e três associações educacionais ligadas à família. O objetivo é identificar operações que caracterizem o desvio de dinheiro das instituições de ensino que tiveram falência decretada em 2016.
Em Xangri-Lá, debate sobre o Plano Diretor é a pauta do momento
A Câmara de Vereadores de Xangri-Lá vem promovendo as Reuniões territoriais prevista em lei, para análise da emenda legislativa ao projeto de lei complementar nº 12/2022, o polêmico Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental do Município de Xangri-Lá.
O tema é polêmico porque duas correntes disputam espaço: de um lado o grupo que defende a flexibilização projetando Xangri-Lá tendo como modelo o que foi realizado em Balneário Camboriú, sem os equívocos lá ocorridos. De outro, o grupo que é contra as mudanças e pretende preservar Xangri-Lá com as características de capital dos condomínios horizontais e preservação integral do meio ambiente. Balneário Camboriú (SC) tem o metro quadrado mais caro do País. Em média, o metro quadrado na cidade sai por quase R$ 12,5 mil. São Paulo está em quarto na pesquisa e o Rio de Janeiro, em sétimo.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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