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Política Sem Lula e o ministro da Fazenda, a posse esvaziada do novo presidente da Caixa deixou uma “pulga atrás da orelha” no Centrão

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Carlos Vieira entrou no lugar de Rita Serrano, demitida por Lula em outubro. (Foto: Divulgação)

O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, adotou uma estratégia para aplacar resistências à sua posse, fruto de acordo do presidente Lula com o Centrão: conversar. Habituado ao mundo político, Vieira abriu diálogo com parlamentares que se queixavam da falta de espaço com a ex-presidente Rita Serrano.

Também procurou, pessoalmente, o ministro Jader Filho (Cidades) e garantiu que fará um trabalho conjunto no Minha Casa, Minha Vida. Jader manifestava preocupação com a troca na Caixa. Até agora, o dirigente do banco não se comprometeu a manter a vice-presidente de Habitação, Inês Magalhães, como quer o governo. Mas a expectativa de quem esteve com Vieira é de que isso aconteça, em mais um gesto a Lula.

Sem Lula e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a posse esvaziada de Vieira deixou uma “pulga atrás da orelha” no Centrão. Líderes se lembraram das posses reservadas dos ministros André Fufuca (Esporte) e Silvio Costa (Portos e Aeroportos). Vieira inicialmente pensava que sua posse seria no Planalto.

Trocas

O novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira Fernandes, não descartou a possibilidade de fazer trocas na cúpula da instituição financeira.

Em entrevista, após cerimônia de posse na chefia da Caixa, Vieira foi questionado se, por pressão do Centrão, poderá fazer trocas nas vice-presidências do banco. Em resposta, o presidente da Caixa disse que eventuais mudanças fazem parte de “um processo dinâmico” das democracias em busca de “governabilidade”.

“Quanto mais pessoas se agreguem ao aspecto da liderança do Executivo, melhor. Esse é um processo dinâmico. Isso faz parte de um processo dinâmico em todas as democracias. Eu não vejo estranhamento nesse processo porque ela não é pela primeira vez que acontece em uma organização como a Caixa […] É uma dinâmica normal das relações entre o executivo e o legislativo”, declarou.

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